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Faltam Profissionais Qualificados no Mercado
Sondagem realizada pela ÁgilisRH mostra que mais de 99% dos empresários e gestores têm dificuldade em contratar profissionais, sobretudo na área técnica. Publicado em 24.01.2014 - Edição 799As empresas pernambucanas estão encontrando dificuldades em selecionar bons profissionais no mercado de trabalho, sobretudo na área técnica e operacional. Para enfrentar o principal problema — a falta de qualificação dos candidatos —, muitas decidiram investir em programas próprios de formação de jovens profissionais (trainee e estágio) e na realização de cursos e capacitações para ampliar a qualificação de seus empregados. Essas foram as principais conclusões da última edição do Termômetro ÁgilisRH, sondagem realizada pela ÁgilisRH, empresa integrante da Rede Gestão, que procurou investigar como as empresas estão lidando com a falta de mão de obra qualificada no mercado.
O estudo apontou que a dificuldade em encontrar mão de obra qualificada é, de fato, um problema para praticamente todas as empresas. Dos 137 profissionais de RH, gestores e sócios entrevistados, 136 (mais de 99%) afirmaram que estão enfrentando dificuldades em encontrar profissionais qualificados.
Para 57% dos entrevistados, a dificuldade é maior para selecionar profissionais técnicos e operacionais, seguidos de gerentes de área e especialistas (20%), supervisores e coordenadores (16%), outros (5%) e executivos, diretores e gerentes-gerais (2%). Para a consultora Eline Nascimento, coordenadora do Termômetro, existe uma deficiência histórica de formação de profissionais da área técnica no Brasil. “Com o crescimento econômico, a demanda explodiu, e o déficit se tornou visível.”
A sondagem também identificou os principais diferenciais que a empresa pode ter, na opinião dos profissionais de RH, gestores e sócios, para atrair bons profissionais. Os fatores mais citados foram: perspectivas de crescimento, política de remuneração e benefícios, bom ambiente de trabalho, estrutura física/condições de trabalho, equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional e o modelo de gestão participativa.
“As empresas começam a perceber que alguns fatores combinados podem ser fonte de atratividade e diferencial para manter uma equipe competitiva”, afirma Eline. Segundo ela, vê-se um investimento maior na estruturação de um RH estratégico, com elaboração de Políticas de Cargo, Carreira e Remuneração, associada a uma Política de Mobilidade. “Além disso, cuidar do ambiente de trabalho, mapeando o clima e cuidando da gestão de pessoas, é outro elemento fundamental.”
Questionados sobre o que estão fazendo para superar a dificuldade de contratação de bons profissionais, a maioria (33%) respondeu que está investindo em programas próprios de desenvolvimento da equipe, como cursos e coaching. Já 24% dos entrevistados revelaram investir na realização de programas de formação de jovens profissionais, como programas de estágio e/ou trainee.
Na opinião de Eline, as empresas parecem ter clareza de que, mesmo com bons processos seletivos, não vão encontrar profissionais prontos no mercado. “É preciso investir na qualificação desses profissionais para que atendam às necessidades da empresa e na oferta de programas de estágio e trainee estruturados e eficazes, que formem futuros profissionais também em sintonia com o perfil da organização. Esses programas de formação ajudam a consolidar um processo de identificação do profissional com a organização, seus valores e sua cultura.” hecimento. (5) Propiciar espaços de reflexão e de autoavaliação da prática escolar e dos professores, a fim de refletir e ajustar as estratégias de ensino-aprendizagem.