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Quando o diploma não é suficiente

Entrevista com Carlos Alberto Valença, especialista em Recursos Humanos, sobre o que é mais analisado pelos recrutadores na hora de contratar um profissional
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Publicado em Thu Mar 15 19:27:00 UTC 2018 -
Além do diploma, o que os recrutadores também analisam na hora da contratação?
 
Recrutadores experientes analisam o currículo como um todo, passando, naturalmente pela formação acadêmica do profissional. Esta formação deve estar de acordo com a posição que se está trabalhando. Instituições de ensino superior reconhecidas pela boa qualidade fazem diferença, as chamadas escolas de primeira linha e aquelas que operam com  critérios de qualidade, que inclui equipe de professores com experiência no mercado de trabalho.
A trajetória profissional é, no entanto, mais importante do que a formação acadêmica, sem tirar a relevância desta, claro. As empresas por onde passou e o tempo de permanecia em cada uma delas, as principais realizações, os desafios  e os resultados obtidos, como se deu o processo de admissão e qual o motivo da saída, o que deixou em termos de relacionamento com as pessoas. 
 
Por que só o diploma não é suficiente no contexto de trabalho atual?
 
Com a popularização do ensino superior, fruto da abertura de muitas faculdades, algumas com padrão de qualidade questionável, ficou extremamente fácil ter um diploma de graduação. Possuir o diploma de formação superior não emprega ninguém, mas não tê-lo elimina o candidato dos processos seletivos. 
O profissional deve se preocupar dar continuidade na sua  aprendizagem , seja com cursos de Pós-graduação ou MBAs, participação em seminários e simpósios, mostrar que está em constante desenvolvimento, tudo isto  é   muito observado   na hora de avaliar uma trajetória profissional, sempre guardando a relação destes cursos com a posição a ser ocupada na empresa.

Há uma discrepância entre o foco dos cursos superiores e as necessidades do mercado de trabalho? 
 
Sim, muitas instituições de ensino superior criaram e aplicam suas grades curriculares  semelhantes as que usavam décadas atrás, muita teoria, muitos fundamentos que não são utilizados no mundo das constantes mudanças e dão pouca importância em apresentar matérias que incentivam o desenvolvimento de lideranças, ajudam os alunos a pensar, simplificar, buscar a eficiência dos processos.
 
 Como desenvolver essas habilidades extracurriculares?
 
O profissional que se destaca  apresenta capacidade de adaptação acima dos demais,tem ações constantes voltadas para o auto desenvolvimento, ele busca informações, procura interagir com empresas e pessoas com as melhores práticas e promove a implantação daquelas mais adequadas. Consegue estar sintonizado com os principais acontecimentos do nosso país e no exterior, uma pessoa bem informada, será sempre bem avaliada.
 
 Como mostrar essas habilidades na hora da entrevista? Como o recrutador vai avaliar essas características?
 
Falar com naturalidade sobre sua formação  e ter bom domínio dos  assuntos  da sua área de atuação. Na hora da entrevista  deve se comunicar de  maneira clara e objetiva, transmitir segurança e evitar exibicionismo. 
O entrevistador fará as perguntas para poder verificar a aderência das características daquele profissional com o perfil que foi solicitado pela empresa, por este motivo  é fundamental que o entrevistado fale sempre a  verdade, pois checamos as informações que são fornecidas.
 

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