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Como Reter Profissionais Estratégicos

Investir na formação de sua equipe é, segundo os gestores, a melhor maneira de enfrentar a falta de mão de obra qualificada e diminuir a rotatividade nas empresas.
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Publicado em Fri Sep 14 21:58:00 UTC 2012 - Edição 728

          Para vencer o desafio de montar equipes competentes em um cenário de apagão de mão de obra qualificada, os gestores acreditam que é mais eficaz investir na formação do que buscar profissionais prontos no mercado. Essa tendência já observada nas empresas foi confirmada na última edição do Termômetro ÁgilisRH, sondagem realizada pela ÁgilisRH, empresa integrante da Rede Gestão, junto a gestores de empresas pernambucanas. Para a grande maioria dos gestores que respondeu à sondagem, investir na formação de bons profissionais é a melhor maneira de formar não apenas uma equipe competitiva, mas também minimizar a alta rotatividade nas empresas. Mas o que fazer para atrair e reter esses profissionais é a questão que vem angustiando os gestores e mobilizando os profissionais da área de Recursos Humanos.

          O primeiro passo para entender o que faz uma empresa ser considerada atrativa é perceber as mudanças que vêm ocorrendo no mercado. Se há algum tempo os bons profissionais eram motivados, principalmente, por um bom salário e um pacote atraente de benefícios, hoje outros fatores pesam na balança. A remuneração, isoladamente, não é mais o principal aspecto analisado pelos profissionais, principalmente os mais jovens, na hora de aceitar um emprego ou mudar de empresa. Eles valorizam, em primeiro lugar, as perspectivas de crescimento e desenvolvimento profissional e, em seguida, o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. O salário continua sendo importante, mas dificilmente uma empresa conseguirá montar uma equipe qualificada e estável se desconsiderar os novos fatores que passaram a fazer parte desse jogo.  
          Ao entrar na empresa, o profissional quer ter clareza sobre suas perspectivas de crescimento. Ele deseja atrelar o seu projeto profissional aos objetivos da organização, mas, para isso, precisa saber até onde pode chegar e o que precisa fazer para alcançar esse objetivo. Conciliar trabalho e vida pessoal é outra tendência que ganha cada vez mais espaço. Na Europa e nos EUA, já estão se disseminando as empresas familiarmente responsáveis, nas quais o profissional encontra maior flexibilidade para equilibrar as demandas profissionais e pessoais. Horários mais flexíveis, possibilidade de trabalhar em casa um ou mais dias da semana são algumas das estratégias adotadas pelas empresas para reter seus talentos, em especial as mães. Aqui no Brasil também já se começa a ver essa prática em algumas organizações.
          Para enfrentar esse novo cenário, a empresa precisa ter uma política definida de recursos humanos que comece com um bom processo de recrutamento e seleção, passe pela integração do profissional à empresa e envolva a definição de políticas claras de crescimento. É fundamental explicitar para o profissional qual o seu desafio e o que a empresa espera dele, ter um sistema de remuneração atrativo, com benefícios e ferramentas de remuneração variável, programas de desenvolvimento, entre outros aspectos. Também parece evidente que, cada vez mais, as empresas terão que conseguir estabelecer relações mais individualizadas com seus empregados, compreendendo suas necessidades e negociando condições de trabalho para que eles possam equilibrar as esferas profissional e pessoal sem comprometer a produtividade e os resultados.
          Não se trata de uma tarefa trivial. Para isso, a empresa deve contar com o apoio do profissional de RH. É ele, com patrocínio e em parceria com os gestores, que irá  “desenhar” as políticas e os instrumentos de gestão de pessoas que permitam o desenvolvimento dos profissionais, a melhoria do desempenho e a consolidação dos vínculos com a organização. Atuando como um consultor interno, o RH deve ajudar a tornar a empresa um bom lugar para trabalhar, atraindo e mantendo empregados competentes e comprometidos. Missão que o torna um aliado indispensável do gestor no desafio de formar equipes estratégicas.

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