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Rir É o Melhor Negócio!

Autores do livro O Efeito Leveza demonstram, com pesquisas, que profissionais bem- humorados saem na frente quando o assunto é contratação ou promoção.
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Publicado em 26.02.2012 - Edição 699

          Gente carrancuda, mal-humorada, incapaz de rir ou de fazer rir ou simplesmente muito formal está ficando por baixo nas empresas e no mundo corporativo. Seriedade nos negócios nada tem que ver com caras amarradas e formalismos estéreis. (“Você pode ser sério — diz a turma do Google — sem precisar usar terno e gravata.”)  E um velho dito chinês afirma: “Feche a loja quem não sabe sorrir”. Não é de hoje, portanto, que o riso — e, por extensão, o bom humor — faz uma enorme diferença. Sem falar que o bom humor é um sinal de flexibilidade e comunhão e que o seu contágio torna tudo mais leve, pois atua, segundo se sabe, pelo menos desde Freud, como uma válvula de descompressão psíquica.
          Rir pode não ser o melhor remédio, como insinua a voz do povo, mas, sem dúvida, contribui para a saúde das pessoas e das organizações. Com tensões desfeitas ou pelo menos aliviadas, tudo parece fluir melhor: processos, reuniões, negociações, momentos de capacitação, etc. Saber rir não é, naturalmente, rir o tempo inteiro, mas sobretudo explorar a oportunidade do riso, da mesma forma que saber falar não é simplesmente tagarelar. O riso inoportuno pode ser tão malvisto como qualquer outra inconveniência. Além disso, não custa lembrarmos o óbvio: no mundo dos negócios, o riso, claro, é apenas um ator coadjuvante.
          Essas breves reflexões acima vêm a propósito do recente lançamento nos Estados Unidos do livro The Levity Effect (O Efeito Leveza), de Adrian Gostick e Scott Christopher, noticiado há poucos dias pela revista Você S/A. Como bons e práticos americanos, os autores demonstram, com base em diversas pesquisas, que os profissionais bem-humorados saem na frente quando o assunto é contratação ou promoção. Também revelam que um aumento de 10% na satisfação dos funcionários acarreta um crescimento de 40% na produtividade. Nada mal para quem supõe que a graça de um chiste tem uma insustentável leveza ou que o riso apenas faz parte da cortesia!
          Sejam quais forem os percentuais que resultem em benefícios concretos para o ambiente organizacional, uma coisa parece certa: uma boa dose de saudável informalidade e de leveza vem sendo sistematicamente buscada por empresas de excelência. Isso favorece a criatividade, a inovação, as boas ideias e torna essas organizações atrativas para profissionais dispostos a vencer rotinas com inteligência e satisfação. Perguntem sobre isso ao Google e verão como sua rotina diz muito de sua própria aventura. Enfim, rir pode não ser o melhor negócio, como afirmei no título deste artigo, mas é levando as coisas com bom humor que muitas graças podem ser alcançadas e bons negócios podem ser fechados.


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