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O Autorretrato da Geração Y (Final)

O Termômetro ÁgilisRH também investigou os fatores que mais influenciam a permanência dos jovens profissionais nas empresas.
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Publicado em Sun Mar 27 17:46:00 UTC 2011 - Edição 651

          Na última edição da coluna Desafio 21, vimos que a chamada Geração Y se diz impaciente para crescer na empresa, busca resultados imediatos e tem disposição para correr riscos. Também deseja autonomia e independência, demonstra pouca fidelidade ao empregador e baixa tolerância à hierarquia. Além dessa autoanálise, a segunda edição do Termômetro ÁgilisRH, realizada junto a 60 jovens estudantes e profissionais da Geração Y no Recife, também procurou investigar o que eles esperam das empresas e organizações. O resultado da sondagem aponta para algumas questões relevantes para compreender as relações de trabalho na atualidade. 
          Os jovens da Geração Y ouvidos pelo Termômetro ÁgilisRH apontaram como  principais fatores de atratividade de uma organização: (1) a imagem da empresa e dos seus profissionais no mercado, (2) sua visão de futuro e potencial de crescimento, (3)  a capacidade de inovação, (4) a possibilidade de construir uma carreira na empresa, (5) remuneração e benefícios atraentes, (6) modelo de gestão flexível e com liberdade de expressão. Em resumo, os jovens profissionais querem encontrar espaço e estímulo para o seu desenvolvimento na empresa, com direito à voz ativa e acesso a quem tem poder de decisão. 
          O grande desafio para as organizações, entretanto, não é só atrair, mas principalmente manter esses jovens profissionais em seus quadros. Assim, a sondagem também procurou saber deles o que os faria permanecer numa empresa. As principais respostas para essa questão foram: (1) oportunidade de crescimento rápido e em conjunto com a empresa, (2) investimento da empresa na capacitação do profissional, (3) competitividade, (4) desempenho de atividades desafiadoras com o suporte necessário e (5) realização de um projeto profissional, com sentimento de “utilidade”. Eles desejam ter suas competências e habilidades reconhecidas, ser valorizados por seus méritos e encontrar um ambiente propício ao desenvolvimento pessoal, profissional e à inovação. 
          A sondagem também investigou o que os integrantes da Geração Y acham que as empresas esperam de um profissional jovem. Eles acreditam que os empregadores buscam profissionais com disposição para trabalhar muito e fazer algumas concessões, com boa capacitação e atualização constante, capazes de gerar novas ideias, com senso crítico, bom relacionamento interpessoal e disposição para o trabalho em equipe. Eles também têm consciência de que a empresa quer profissionais capazes de assumir responsabilidades e tomar decisões assumindo suas consequências, além de apresentar um alto grau de comprometimento. Vê-se, portanto, que esses profissionais não são exigentes apenas com as organizações, mas também tem uma autoexigência elevada.
          Por fim, a sondagem procurou saber qual a expectativa da Geração Y em relação a seus empregadores. Os jovens profissionais disseram buscar um ambiente de trabalho agradável, com estruturas física e tecnológica adequadas; reconhecimento e elogios; investimento no seu desenvolvimento; possibilidade de crescimento, com plano de carreira claro; boa remuneração; modelo de gestão flexível, permitindo a participação na gestão; flexibilidade nos horários e locais de trabalho; qualidade de vida; e responsabilidade socioambiental. 
          Conhecer o que pensa e espera essa nova geração de profissionais é o primeiro passo para que as empresas, em especial os gestores e profissionais de RH, possam traçar estratégias e políticas adequadas para atrair e manter esses novos talentos, integrando–os ao seu quadro de profissionais.
 


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