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|Gestão de Negócios - Recursos Humanos - Luciana Maia

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Construção de Equipes de Trabalho: um desafio para a competitividade

Formar equipes competitivas exige um ambiente favorável e o desenvolvimento de habilidades, competências e atitudes.
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Publicado em 25.04.2010 - Edição 603
          Atualmente, as equipes de trabalho são, sem dúvida, um dos aspectos mais discutidos e analisados quando se pretende alavancar o desempenho das organizações. Se antes já eram importantes, hoje, numa realidade complexa de mudanças permanentes, assumem o papel central de propulsoras do sucesso organizacional, promovendo inovação e competitividade através da criatividade e da construção de conhecimento por parte de seus integrantes.
          Hoje, falar que se trabalha em equipe, seja nas pequenas organizações ou nas mais complexas corporações multinacionais, virou quase um jargão no mundo da gestão. Sabe-se, no entanto, que construir equipes de trabalho não é tarefa fácil. O seu desenvolvimento demanda grandes esforços, principalmente porque tradicionalmente a formação profissional daqueles que atuam nas organizações é focada nas responsabilidades e nos desempenhos individuais. Assim, certas condições exigidas para o trabalho em equipe, tais como disponibilidade, confiança, disposição para aprender e autonomia, ficaram em segundo plano diante da prioridade do aprimoramento técnico. Consolidar uma prática de gestão que facilite o desenvolvimento dessas habilidades, mobilizando as pessoas em torno de um projeto compartilhado, representa, para os gestores, o grande desafio na formação e no desenvolvimento das equipes de trabalho.
          É importante que o gestor esteja atento para alguns indícios balizadores de uma equipe de trabalho: (1) compromisso com o projeto organizacional: os componentes da equipe conhecem e se implicam no projeto, orientando todas as ações para a sua realização; (2) corresponsabilidade: todos os componentes da equipe se responsabilizam pela realização do projeto organizacional, assumindo os ônus e bônus de suas ações; (3) interdependência: todos os componentes da equipe conhecem o seu próprio trabalho e o do colega e sabem que o seu trabalho depende do trabalho do outro e vice-versa; (4) integração: todos os componentes da equipe trabalham de forma afinada, com sólidos vínculos de trabalho, compartilhando o compromisso, a responsabilidade e o gosto pelo fazer coletivo; (5) compromisso com os resultados: todos os componentes da equipe são responsáveis e implicados no alcance das metas e na conquista dos resultados, na medida em que isso depende do trabalho de todos.
          Para que esses indicadores sejam alcançados, é preciso que as pessoas encontrem um ambiente favorável, com condições para o desenvolvimento de habilidades, competências e atitudes para trabalhar em equipe. Essa não é uma tarefa fácil e depende de um investimento árduo e contínuo dos gestores. No entanto, embora não haja fórmulas garantidas, o compartilhamento claro e efetivo do projeto empresarial; o estabelecimento de acordos de trabalho compartilhados e sustentados por todos; a definição clara das funções e atribuições; e a abertura e o acolhimento para a fala e o posicionamento de todos são ferramentas eficientes para que um gestor possa favorecer o aprimoramento dessas equipes.
          Uma coisa é certa, nenhuma equipe nasce pronta, ela aprende e se desenvolve permanentemente.

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