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Fazendo a Mesma Coisa de Forma Diferente

As empresas devem estimular um ambiente de trabalho favorável a novas práticas e novas ideias, favorecendo a inovação.
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Publicado em 06.09.2009 - Edição 570
          Muitas vezes, na gestão de empresas e de pessoas, os profissionais agem mecanicamente, realizando tarefas de forma automática, como sempre foram feitas, sem sequer questionar o processo, dimensionar o esforço ou o custo de não fazer a checagem dos pontos de atenção. O maior desafio dos gestores comprometidos em implantar mudanças nas organizações é quebrar esses paradigmas — uma tarefa nada fácil de ser executada. Falar em inovação nas empresas ainda é um assunto complexo, principalmente se a alta gestão não está comprometida em acompanhar as tendências e o mercado.
          Os japoneses desenvolveram uma metodologia chamada dantotsu, que significa lutar com todas as armas para se tornar o melhor dos melhores e, com isso, estimular o processo de alto aprimoramento, com ênfase em procurar, encontrar e superar os pontos fortes dos seus principais concorrentes. Nascia o benchmarking.
          Uma vez recebi esta mensagem, muito interessante, sobre a quebra de paradigmas: “Um grupo de cientistas colocou cinco macacos em uma gaiola e, no meio desta, uma escada com bananas em cima. Toda vez que um dos macacos começava a subir a escada, um dispositivo automático fazia jorrar água gelada sobre os demais macacos. Passado certo tempo, toda vez que qualquer dos macacos esboçava um início de subida na escada, os demais o espancavam, evitando assim a água gelada. Obviamente, após certo tempo, nenhum dos macacos se arriscava a subir a escada, apesar da tentação. Os cientistas decidiram então substituir um dos macacos. A primeira coisa que o macaco novo fez foi tentar subir a escada. Imediatamente, os demais começaram a espancá-lo. Após várias surras, o novo membro dessa comunidade aprendeu a não subir na escada, embora jamais soubesse o porquê. Um segundo macaco foi substituído, e ocorreu com ele a mesma coisa. O primeiro macaco que havia sido substituído participou, juntamente com os demais, do espancamento. Um terceiro macaco foi trocado, com a mesma reação dos demais. Um quarto e um quinto macaco foram trocados, um de cada vez, com intervalos adequados, repetindo-se os espancamentos dos novatos sempre que ocorriam novas tentativas de subir na escada. O que sobrou foi um grupo de cinco macacos que, embora nunca tenham recebido um chuveiro frio, continuavam a espancar todo macaco que tentasse subir a escada”.
          Se fosse possível conversar com os macacos e perguntar-lhes por que espancavam os que tentavam subir na escada, aposto que a resposta seria: “Eu não sei — essa é a forma como as coisas são feitas por aqui”. Esse comportamento e essa resposta não nos parecem familiar quando olhamos para dentro de nossas empresas e observamos como nossos colaboradores executam as tarefas?
          Saindo do planeta dos macacos e voltando ao planeta dos homens, gostaria de convocar as empresas a promoverem um verdadeiro mutirão em busca de novas práticas, de novas ideias, premiando os destaques e criando, assim, um ambiente favorável à inovação, tão vital à sobrevivência em tempos difíceis. Ousem, façam a diferença, invistam em TI como ferramenta de apoio à decisão, de forma que possam avaliar cenários com base em números atualizados da operação, deixando o “empirismo” fazer parte, apenas, do passado. Motivem os talentos e colham os frutos de sua ousadia.

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