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A Importância do Conflito nas Relações de Trabalho
O conflito não só é algo inerente e inevitável nas relações humanas, como é um sinal de vitalidade da organização. Publicado em 02.08.2009 - Edição 565
Nos trabalhos de consultoria em gestão, é recorrente a expectativa e, por vezes, até o pedido explícito dos gestores e de suas equipes para que sejam eliminados os conflitos nas relações de trabalho. De fato, conflitos vividos nas organizações levam, muitas vezes, à desintegração e desarticulação das equipes, com graves efeitos nos resultados almejados, tornando, portanto, compreensível a pretensão de bani-lo da organização.
Movidas por esse anseio, as pessoas idealizam um ambiente organizacional sem conflitos, em homeostase, onde haja um discurso único e hegemônico e imperem a paz e a harmonia. Quando não conseguem alcançar esse ideal, as equipes com frequência se culpam e tendem a atribuir tal fracasso a problemas como imaturidade, falta de profissionalismo, perfil inadequado de seus participantes, entre outros.
O que raramente se considera, no entanto, é que o conflito não só é algo inerente e inevitável nas relações humanas, como é um sinal de vitalidade da organização. Dar ao conflito essa dimensão positiva significa considerar a importância e o reconhecimento das diferenças, da diversidade de pensamentos e ideias, da criatividade e da singularidade.
A psicanálise ajuda a dar uma certa positividade ao conflito, ao compreender que o ser humano se constitui na rede das relações que cria, sustenta e compartilha, e na tensão entre os polos contraditórios do desejo e da realidade, do individual e do coletivo. Esse conflito está posto nas relações interpessoais e de trabalho e faz parte de toda e qualquer relação humana. Nas organizações, portanto, não poderia ser diferente.
Considerando que as empresas são constituídas por pessoas que trabalham, criam, empreendem, produzem e que, nesse sentido, não há como desconsiderar a singularidade de cada uma delas e as repercussões disso no âmbito organizacional, o conflito deve ser considerado a matéria-prima de trabalho de qualquer gestor. A sua análise permanente e a incessante busca de soluções são uma ferramenta de crescimento e desenvolvimento das equipes e das organizações.
Compreendido dessa forma, o conflito é um indicador das contradições presentes em qualquer relação humana e, ao mesmo tempo, a expressão da singularidade dos que compõem o cenário organizacional. Requer da gestão capacidade para fazer negociações entre o individual e o coletivo, de se mobilizar e se antecipar frente às dificuldades e adversidades da organização e do mundo.
Nesse sentido, a gestão de conflitos é um trabalho incessante, que exige dos seus gestores e da equipe uma permanente e incansável atenção às ações e metas, na medida em que o futuro a ser alcançado não está assegurado e depende do desejo e empenho de todos, enquanto projeto coletivo, sem desconsiderar o desejo de cada um. Para tal, todos precisam ser escutados e respeitados.
Lidar com as incertezas e a falta de garantias próprias das relações humanas pode lançar as empresas numa busca incessante por metodologias, procedimentos e instrumentos que as capacitem a evitá-las. No entanto, é o trabalho com a gestão nas empresas, com suas equipes, e a capacidade de lidar com o conflito e de encará-lo que possibilitam o enfrentamento das dificuldades e a construção do futuro desejado.
Enquanto houver conflito, há vida, organização, relações de trabalho e pessoas.
Movidas por esse anseio, as pessoas idealizam um ambiente organizacional sem conflitos, em homeostase, onde haja um discurso único e hegemônico e imperem a paz e a harmonia. Quando não conseguem alcançar esse ideal, as equipes com frequência se culpam e tendem a atribuir tal fracasso a problemas como imaturidade, falta de profissionalismo, perfil inadequado de seus participantes, entre outros.
O que raramente se considera, no entanto, é que o conflito não só é algo inerente e inevitável nas relações humanas, como é um sinal de vitalidade da organização. Dar ao conflito essa dimensão positiva significa considerar a importância e o reconhecimento das diferenças, da diversidade de pensamentos e ideias, da criatividade e da singularidade.
A psicanálise ajuda a dar uma certa positividade ao conflito, ao compreender que o ser humano se constitui na rede das relações que cria, sustenta e compartilha, e na tensão entre os polos contraditórios do desejo e da realidade, do individual e do coletivo. Esse conflito está posto nas relações interpessoais e de trabalho e faz parte de toda e qualquer relação humana. Nas organizações, portanto, não poderia ser diferente.
Considerando que as empresas são constituídas por pessoas que trabalham, criam, empreendem, produzem e que, nesse sentido, não há como desconsiderar a singularidade de cada uma delas e as repercussões disso no âmbito organizacional, o conflito deve ser considerado a matéria-prima de trabalho de qualquer gestor. A sua análise permanente e a incessante busca de soluções são uma ferramenta de crescimento e desenvolvimento das equipes e das organizações.
Compreendido dessa forma, o conflito é um indicador das contradições presentes em qualquer relação humana e, ao mesmo tempo, a expressão da singularidade dos que compõem o cenário organizacional. Requer da gestão capacidade para fazer negociações entre o individual e o coletivo, de se mobilizar e se antecipar frente às dificuldades e adversidades da organização e do mundo.
Nesse sentido, a gestão de conflitos é um trabalho incessante, que exige dos seus gestores e da equipe uma permanente e incansável atenção às ações e metas, na medida em que o futuro a ser alcançado não está assegurado e depende do desejo e empenho de todos, enquanto projeto coletivo, sem desconsiderar o desejo de cada um. Para tal, todos precisam ser escutados e respeitados.
Lidar com as incertezas e a falta de garantias próprias das relações humanas pode lançar as empresas numa busca incessante por metodologias, procedimentos e instrumentos que as capacitem a evitá-las. No entanto, é o trabalho com a gestão nas empresas, com suas equipes, e a capacidade de lidar com o conflito e de encará-lo que possibilitam o enfrentamento das dificuldades e a construção do futuro desejado.
Enquanto houver conflito, há vida, organização, relações de trabalho e pessoas.