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Gerenciando a Inovação

Ao contrário do que se pensa, a inovação não é fruto da inspiração genial de algumas pessoas, mas de um processo que pode ser gerenciado e estimulado pela empresa.
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Publicado em Sat Sep 07 22:47:00 UTC 2013 - Edição 779
Nas organizações, é comum vermos os principais dirigentes e executivos cobrarem e esperarem que as equipes e os gestores tragam mais inovações. Mas como estimular isso? Antes de tudo, é importante entender que, diferentemente da crença popular, na maioria das vezes a inovação não vem de arroubos de inspiração genial de algumas pessoas, mas de esforços sistemáticos e coletivos. E as organizações podem e devem criar as condições para que isso aconteça.
 
Um ponto de partida para estimular a inovação é fazer com que os profissionais criem de acordo com a estratégia da organização. Portanto, primeiro é preciso ter clareza de onde se quer chegar e do rumo a seguir. 
 
Após a definição da visão de futuro, o próximo passo é definir grupos de trabalho para discutir, criar e cuidar de projetos relacionados às plataformas de inovação da organização, como (1) o modelo de negócio; (2) as competências e os ativos estratégicos; (3) as verdades inquestionáveis do setor e do mercado; (4) as necessidades dos clientes e não clientes; e (5) o ambiente de negócios e os fatos portadores de futuro.
 
Essas discussões e projetos devem ser feitos de modo coordenado e estruturado, envolvendo grupos com diferentes posições hierárquicas e áreas da organização, buscando a maior diversidade possível, promovendo uma escuta efetiva da linha de frente da organização.
 
Para que o trabalho funcione adequadamente, os grupos devem ser capacitados em inovação e ter orientação necessária para cuidar dos projetos. É importante que os indivíduos sejam reconhecidos e estimulados e sejam instituídos mecanismos de colaboração que permitam a cocriação. Além disso, a produção deve ser registrada, sistematizada e organizada. 
 
É importante que haja fóruns de integração entre os grupos de trabalho para que todos tomem conhecimento dos projetos que estão em andamento, viabilizando conexões entre eles e possibilitando, ao mesmo tempo, um momento de prestação de contas e reconhecimento profissional. 
 
Para que o processo transcorra adequadamente, é necessário escolher os projetos com maior potencial e alinhamento com a estratégia e as competências da empresa, reduzir as dificuldades para disponibilização de apoio e recursos para profissionais que apresentem novas ideias, acompanhar a inovação por unidade de negócio, estimular testes de baixo custo, alocar recursos de modo incremental, de acordo com a evolução dos projetos, e vincular as avaliações de desempenho aos resultados em inovação.
 
O processo de gestão da inovação é bastante complexo, mas gerenciável. Talvez os resultados não apareçam no curto nem no médio prazo, e, por isso, organizações que adotarem esse processo devem ter a disponibilidade de persistir e insistir, para minimizar as chances de fracasso. E como persistir e assegurar que os projetos estão no rumo certo? Com o patrocínio explícito dos gestores ao processo e à monitoração disciplinada, sistemática e contínua.

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