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Sua Empresa Está Preparada para a Copa?

É hora de começar a se preocupar com a capacitação das equipes de atendimento e iniciar o planejamento para garantir uma boa comunicação em língua estrangeira.
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Publicado em 11.10.2012 - Edição 732

          A menos de dois anos para a Copa do Mundo da FIFA de 2014, começou a contagem regressiva para as empresas que querem aproveitar o maior evento esportivo do mundo para fazer bons negócios. A expectativa é de que a Copa atraia um contingente de 500 mil turistas para o Brasil, um público que, além de assistir aos jogos, irá se locomover, frequentar bares e restaurantes, comprar em lojas e shoppings e, certamente, estará pronto para consumir qualquer serviço que facilite ou torne mais agradável sua experiência no País. Mas, para aproveitar todo esse potencial, a já conhecida hospitalidade dos brasileiros, e particularmente dos nordestinos, não será suficiente. É fundamental conseguir estabelecer uma comunicação eficiente em língua estrangeira com o turista, seja na sinalização, seja nos materiais de apoio e, principalmente, na comunicação verbal das equipes de atendimento.
          A Copa do Mundo, na verdade, apenas torna mais evidente a necessidade de se investir em um segundo idioma nesses tempos de globalização. Para os profissionais, a fluência na língua estrangeira, principalmente o inglês, há muito tempo deixou de ser um diferencial para se tornar uma exigência. As empresas, por sua vez, também devem ser capazes de atender bem o turista estrangeiro, preocupando-se em estabelecer uma comunicação eficiente com esse público. A Copa é um boa oportunidade para começar a corrigir essa fraqueza e tornar a empresa mais preparada para o novo cenário, alavancando o negócio para um outro patamar. 
          O primeiro passo é fazer um diagnóstico da empresa, avaliando as ações necessárias. Do ponto de vista da equipe, é preciso identificar quais profissionais precisam falar inglês e com que nível de domínio do idioma. Profissionais em cargos estratégicos, responsáveis diretamente pelas áreas de qualidade ou satisfação do cliente, por exemplo, certamente precisam ter uma fluência maior, com um nível mais avançado de conhecimento. Já funcionários de áreas mais operacionais — como vendedores, garçons, recepcionistas, atendentes, entre outros —  podem receber uma capacitação mais instrumental, focada na comunicação eficaz para aquelas situações específicas de atendimento. Após essa auditoria, é possível traçar um plano de capacitação para atingir os objetivos definidos para cada grupo. Para os iniciantes, o prazo de dois anos é o ideal para estabelecer um programa regular, chegando à Copa do Mundo com um bom nível de fluência.
          Outro aspecto fundamental é a sinalização e os materiais de apoio, sejam eles impressos, de áudio ou vídeo. Ao contrário dos brasileiros que vão para o exterior, os turistas europeus ou norte-americanos não têm, culturalmente, o hábito de perguntar quando querem obter informações. Em geral, quem vem de fora está acostumado a encontrar todas as informações escritas e uma sinalização simples, clara e eficaz. Por isso, é importante pensar se a operação está bem sinalizada, com as principais informações traduzidas para o inglês. E, também, se preocupar com materiais como fôlderes, guias, cardápios, mapas, panfletos, vídeos, entre outros.
          A lógica é facilitar ao máximo a experiência do turista, oferecendo todas as informações necessárias para que ele possa utilizar bem os produtos ou serviços. E, também, preparar a equipe para se comunicar verbalmente com o cliente estrangeiro em todas as situações de atendimento.
          Ninguém duvida que a Copa do Mundo no Brasil trará, junto com os milhares de turistas, muitas e ótimas oportunidades de negócios. Quem for capaz de se comunicar bem com esses novos clientes estrangeiros certamente terá os melhores resultados não apenas na Copa, mas também a longo prazo.

 


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