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O Importante É Saber Fazer a Pergunta
O gestor deve pensar estrategicamente o futuro, e não se dedicar apenas a apagar os pequenos incêndios diários. Publicado em Sun Jan 24 17:59:00 UTC 2010 - Edição 590
Muito provavelmente, a questão que mais inquieta quem está à frente de uma organização — em especial, de uma empresa privada — é a de encontrar uma resposta racional para as possibilidades de sobrevivência futura da organização. A gestão do dia a dia limita a percepção da influência de fatores alheios à organização e reforça a cultura do que é imediato e provisório. A busca de soluções para os problemas de curto prazo obscurece a visão estratégica e dificulta o enfrentamento dos desafios futuros.
Nesse contexto, o gestor precisa estar atento, delegar as tarefas operacionais para sua equipe e orientar seu foco de atenção para os aspectos estratégicos da organização. Muito pode ser feito para superar obstáculos e criar novas áreas de interesse e de negócio. A capacidade de liderança e a criatividade assumem, então, um papel importante. Compete ao gestor motivar a equipe e estimulá-la, incutindo nela a responsabilidade de ter boas ideias não sobre o que faz todos os dias, mas novas ideias para a empresa.
Na busca desse objetivo, é mais importante o apoio à equipe do que fazer prevalecer uma posição hierárquica, mesmo que justificada pela experiência. E é muito provável que o melhor método não seja necessariamente o de buscar as respostas para solucionar os problemas, mas, sim, tentar fazer as perguntas certas e relevantes. Na visão estratégica, pensar quais são as perguntas relevantes, mesmo sem uma resposta, pode ser mais importante do que encontrar as soluções para os problemas do momento.
Pensar o estratégico requer desprendimento e uma atitude que favoreça uma visão interdisciplinar. Isso quer dizer que o gestor deve ser participante, não se isolar, sempre demonstrar interesse e se envolver, seja nas tarefas operacionais de todos os processos, seja nas questões gerais que afetam a existência presente e futura da organização.
Para dar conta das tarefas cotidianas e, além disso, tratar o estratégico, é preciso também formar a equipe com profissionais afeitos a uma cultura que valoriza o trabalho interdisciplinar e cooperativo. Na seleção de novos profissionais, deve-se perscrutar a história dos pretendentes. Pode ser útil perguntar com quem o candidato trabalhou para se ter uma ideia, com base na descrição que ele fizer da sua experiência, da disponibilidade para o trabalho cooperativo. Por trás de um reiterado autorreferenciamento, pode-se entrever um indício de indisposição para o trabalho em equipe.
Manter o foco nas questões estratégicas requer a capacidade de fazer a pergunta certa e relevante, mesmo quando esta não tenha uma resposta. Um estereótipo da cultura judaica é o de responder uma pergunta com outra. Uma conhecida anedota ilustra essa característica: “Perguntou um indivíduo a um judeu: ‘Por que é que vocês respondem a uma pergunta sempre com outra pergunta?’. Ao que rapidamente respondeu o judeu: ‘E por que não?’”.
Nesse contexto, o gestor precisa estar atento, delegar as tarefas operacionais para sua equipe e orientar seu foco de atenção para os aspectos estratégicos da organização. Muito pode ser feito para superar obstáculos e criar novas áreas de interesse e de negócio. A capacidade de liderança e a criatividade assumem, então, um papel importante. Compete ao gestor motivar a equipe e estimulá-la, incutindo nela a responsabilidade de ter boas ideias não sobre o que faz todos os dias, mas novas ideias para a empresa.
Na busca desse objetivo, é mais importante o apoio à equipe do que fazer prevalecer uma posição hierárquica, mesmo que justificada pela experiência. E é muito provável que o melhor método não seja necessariamente o de buscar as respostas para solucionar os problemas, mas, sim, tentar fazer as perguntas certas e relevantes. Na visão estratégica, pensar quais são as perguntas relevantes, mesmo sem uma resposta, pode ser mais importante do que encontrar as soluções para os problemas do momento.
Pensar o estratégico requer desprendimento e uma atitude que favoreça uma visão interdisciplinar. Isso quer dizer que o gestor deve ser participante, não se isolar, sempre demonstrar interesse e se envolver, seja nas tarefas operacionais de todos os processos, seja nas questões gerais que afetam a existência presente e futura da organização.
Para dar conta das tarefas cotidianas e, além disso, tratar o estratégico, é preciso também formar a equipe com profissionais afeitos a uma cultura que valoriza o trabalho interdisciplinar e cooperativo. Na seleção de novos profissionais, deve-se perscrutar a história dos pretendentes. Pode ser útil perguntar com quem o candidato trabalhou para se ter uma ideia, com base na descrição que ele fizer da sua experiência, da disponibilidade para o trabalho cooperativo. Por trás de um reiterado autorreferenciamento, pode-se entrever um indício de indisposição para o trabalho em equipe.
Manter o foco nas questões estratégicas requer a capacidade de fazer a pergunta certa e relevante, mesmo quando esta não tenha uma resposta. Um estereótipo da cultura judaica é o de responder uma pergunta com outra. Uma conhecida anedota ilustra essa característica: “Perguntou um indivíduo a um judeu: ‘Por que é que vocês respondem a uma pergunta sempre com outra pergunta?’. Ao que rapidamente respondeu o judeu: ‘E por que não?’”.