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|Gestão de Negócios - Planejamento - Antônio Carlos Genn de Assunção Barros

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Planejamento dos Investimentos em TI

Empresas estão investindo cada vez mais em Tecnologia da Informação — e o planejamento é a etapa mais importante.
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Publicado em 20.12.2009 - Edição 585
          O mundo está enfrentando um processo de convergência com a migração de várias áreas para o ambiente digital — fotos, documentos, telefonia, câmeras de monitoramento, TV, rádio. Como consequência, as empresas estão sendo obrigadas a manter o parque de TI alinhado com suas necessidades e estratégias, aumentando, consequentemente, os investimentos na área. Estudos da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que, em alguns casos, a área de TI chega a receber 50% do total de investimentos realizados pela empresa.     Outro dado significativo vem da Impacta Pesquisa Periódica de Mercado (IPM). O estudo aponta que, em média, as companhias destinam cerca de 3% de seu faturamento à área de TI — sendo que 42% das empresas destinam um percentual superior a 4%, enquanto 28% reservam, no máximo, 1% dos seus resultados para esse setor.
          Esses investimentos podem ser feitos em várias áreas: equipamentos, softwares, treinamento, segurança, processos, terceirização, infraestrutura, internet, entre outras. Para manter a empresa atualizada e competitiva, é importante não apenas aumentar os investimentos, mas também investir bem, de forma estruturada e planejada, de maneira a atender às reais necessidades da empresa, dentro de sua capacidade de investimento. Apesar da subjetividade do investimento e do difícil cálculo do seu retorno, alguns pontos ajudam na tomada de decisões.
          O planejamento dos investimentos é a primeira e talvez a mais importante etapa de todo o processo. Esse planejamento deve levar em consideração toda a estrutura de TI, a tecnologia utilizada nos servidores, a estrutura de rede, os links de internet, a segurança, a compatibilidade do hardware e software, a necessidade de redundância, o tempo de disponibilidade e os sistemas, o ciclo de vida, a compatibilidade atual e futura. 
          A qualidade dos equipamentos também deve ser levada em consideração. Quando as empresas decidem comprar estações e servidores de uma linha corporativa, o resultado é sentido logo na instalação, com o fim dos tradicionais conflitos e travamentos. Felizmente, esse conceito tem sido cada vez mais disseminado nas empresas, e a tendência é a aquisição de equipamentos nessa linha, que responde com bem mais eficiência às necessidades da organização.
          Para garantir a qualidade dos investimentos, é preciso conhecer os processos, as necessidades e até mesmo a cultura da empresa. Recentemente, analisamos um projeto de um cliente que já havia sido aprovado pela direção da empresa. Após a análise técnica, conseguimos alcançar uma redução de R$ 500 mil reais — quase 50% — no custo do projeto. O objetivo não é a simples redução do custo, mas chegar a uma sintonia perfeita entre os diversos equipamentos, sistemas e necessidades, para que não se invista nem mais nem menos que o necessário.
          Também tem ocorrido uma evolução significativa em relação aos softwares. Cada vez mais, os usuários têm se conscientizado da necessidade de utilização de softwares legalizados, com acesso a suporte e atualizações de segurança, sem falar no conceito ético. A utilização de sistemas de antivírus corporativo, de firewall e proxy também é um item obrigatório nos investimentos na infraestrutura de TI. Felizmente, hoje, a maior parte dos empresários e gestores está consciente da necessidade da implementação dessas soluções.
          Já que o investimento em TI é um item essencial, estratégico e de alto valor, é fundamental planejá-lo, com uma visão de todo o processo e orientação de profissionais da área, com o objetivo de reduzir os riscos do investimento e garantir o seu sucesso.

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