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Pessoas, Planeta e Lucro
Atualmente, o único crescimento viável é o que consegue ser, ao mesmo tempo, socialmente justo, ambientalmente sustentado e economicamente rentável Publicado em 24.05.2009 - Edição 555
É consenso que a Sustentabilidade entrou na ordem do dia de empresas, organizações e governos em todo o mundo. Se inicialmente ainda era associado exclusivamente a uma preocupação com o meio ambiente, o conceito de Sustentabilidade evoluiu, incorporando também os aspectos econômicos e sociais. No Brasil, até o mercado financeiro se rendeu à evidência de que instituições sustentáveis geram mais valor em longo prazo, com a criação do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da Bovespa.
Um dos maiores especialistas mundiais no tema, o sociólogo inglês John Elkington cunhou o termo triple bottom line para o tripé da Sustentabilidade, o chamado PPP: people, planet and profit — pessoas, planeta e lucro. Em outras palavras, no mundo atual, o único crescimento viável é aquele que consegue, ao mesmo tempo, ser socialmente justo, ambientalmente sustentado e economicamente rentável.
Esse é o desafio que se impõe, hoje, não apenas às organizações que querem garantir seu lugar no futuro, mas também a toda a sociedade, confrontada com o aumento das desigualdades sociais, o esgotamento dos recursos naturais e a mais grave crise econômica mundial das últimas décadas.
Não se trata de mais um modismo do ambiente corporativo. A preocupação crescente com a Sustentabilidade, que já faz parte do planejamento de grandes companhias ao redor do mundo, deve-se à convicção de que o modelo de desenvolvimento não pode mais se atrelar apenas ao aspecto econômico. Ele está diretamente ligado e, por isso, deve dar respostas concretas, aos grandes desafios atuais — questões tão diversas quanto mudança climática, uso de energias renováveis, maior oferta de água limpa, acesso da população de baixa renda a serviços de saúde de qualidade, novas cadeias de valores baseadas em padrões ambientais, de eficiência, respeito aos Direitos Humanos, princípios de comércio justo, entre outros.
A crise mundial, deflagrada por um modelo econômico marcado pela crença em um mercado autorregulado e em um sistema financeiro onipotente, veio fortalecer ainda mais o princípio da gestão sustentável como alternativa ao atual modelo de desenvolvimento.
Em recente seminário sobre o tema Perspectivas da Crise Econômica no Brasil realizado pelo Instituto Ethos (www.ethos.org.br), especialistas e economistas de instituições como BNDES, USP, PUC-RJ e Banco Itaú, entre outras, foram unânimes em afirmar que a saída da crise passa por mudanças profundas nos fundamentos econômicos — o que inclui a transição para uma economia de baixo carbono e, também, uma radical mudança na contabilidade dos países para definir o que é riqueza. Para as empresas, segundo os especialistas, a tendência é incorporar o conceito de gestão sustentável em seu DNA, tornando-a ponto de partida para a definição de sua estratégia. Parece não haver dúvidas de que o tripé pessoas- planeta-lucro veio para ficar
Um dos maiores especialistas mundiais no tema, o sociólogo inglês John Elkington cunhou o termo triple bottom line para o tripé da Sustentabilidade, o chamado PPP: people, planet and profit — pessoas, planeta e lucro. Em outras palavras, no mundo atual, o único crescimento viável é aquele que consegue, ao mesmo tempo, ser socialmente justo, ambientalmente sustentado e economicamente rentável.
Esse é o desafio que se impõe, hoje, não apenas às organizações que querem garantir seu lugar no futuro, mas também a toda a sociedade, confrontada com o aumento das desigualdades sociais, o esgotamento dos recursos naturais e a mais grave crise econômica mundial das últimas décadas.
Não se trata de mais um modismo do ambiente corporativo. A preocupação crescente com a Sustentabilidade, que já faz parte do planejamento de grandes companhias ao redor do mundo, deve-se à convicção de que o modelo de desenvolvimento não pode mais se atrelar apenas ao aspecto econômico. Ele está diretamente ligado e, por isso, deve dar respostas concretas, aos grandes desafios atuais — questões tão diversas quanto mudança climática, uso de energias renováveis, maior oferta de água limpa, acesso da população de baixa renda a serviços de saúde de qualidade, novas cadeias de valores baseadas em padrões ambientais, de eficiência, respeito aos Direitos Humanos, princípios de comércio justo, entre outros.
A crise mundial, deflagrada por um modelo econômico marcado pela crença em um mercado autorregulado e em um sistema financeiro onipotente, veio fortalecer ainda mais o princípio da gestão sustentável como alternativa ao atual modelo de desenvolvimento.
Em recente seminário sobre o tema Perspectivas da Crise Econômica no Brasil realizado pelo Instituto Ethos (www.ethos.org.br), especialistas e economistas de instituições como BNDES, USP, PUC-RJ e Banco Itaú, entre outras, foram unânimes em afirmar que a saída da crise passa por mudanças profundas nos fundamentos econômicos — o que inclui a transição para uma economia de baixo carbono e, também, uma radical mudança na contabilidade dos países para definir o que é riqueza. Para as empresas, segundo os especialistas, a tendência é incorporar o conceito de gestão sustentável em seu DNA, tornando-a ponto de partida para a definição de sua estratégia. Parece não haver dúvidas de que o tripé pessoas- planeta-lucro veio para ficar