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Empreendedor, Sim; “Empeerdedor”, Não!
Conhecer seu mercado, planejar e ter perseverança são requisitos essenciais para quem deseja ter seu próprio negócio. Publicado em Sun Sep 21 19:55:00 UTC 2008 - Edição 520
Empreender, independentemente da característica do negócio, não é e não deve ser um ato quixotesco. O que se observa, na prática, é que todo empreendedor de sucesso esteve focado na realidade, na dura e cotidiana realidade. Sem levá-la em conta, é grande o risco de o negócio naufragar antes de chegar a um mar de almirante.
Se é verdade que algumas empreitadas podem tomar o colorido da loucura e até obter sucesso, muito maior verdade é o número de empreendimentos que, para chegarem ao êxito, tiveram que se apoiar na equilibrada análise do que estava acontecendo em seu entorno. Em tal análise, avultam o conhecimento do mercado e a antevisão de cenários possíveis, sem os quais é grande a probabilidade de se patinar no vazio, tendo, por conseqüência, o arrefecimento do próprio ânimo empreendedor e o fim da “aventura” empreendedora.
Um fenômeno curioso, pelo menos no Brasil, é haver o ímpeto empreendedor sem a contrapartida não só de uma prévia análise, como de informações sobre a área em que se vai atuar. Sem informação e sem análise, soma-se ao ímpeto empreendedor aquele que talvez seja o mais negativo dos ingredientes nacionais: a falta de perseverança. O comportamento típico do brasileiro leva-o mais a aguardar uma sonhada sorte do que a insistir, apesar dos percalços, nos caminhos planejados. O imediatismo, tão caro à nossa cultura, faz com que os obstáculos, tantas vezes passageiros, pareçam impedimentos definitivos. Assim, o brasileiro julga-se, de logo, um perdedor (poderia ser dito: um empeerdedor!) e encerra melancolicamente o empreendimento, a encontrar culpas e desculpas, reais ou imaginárias.
O que se pede ao empreendedor não é o que, de saída, ele já pode ou deve possuir por sua própria natureza: vontade. Nisso, a psicologia tanto quanto as habituais ferramentas da gestão podem vir em seu socorro. Nesse sentido, seu comportamento deve mudar ao longo do tempo, amadurecendo pari passu com seu próprio negócio. O que se pede ao empreendedor é que, não deixando de sê-lo, aprimore-se continuamente, incorporando com imensa paciência o que uma moderna gestão tem a lhe oferecer. Tanto os percalços do início quanto os demais de sua trajetória deveriam, em tese, reavivar seu ânimo e seu olhar para as oportunidades. No mais — para usar de uma imagem já popular —, o empreendedor deve subir sua escada degrau por degrau, sem a tentação de saltos quixotescos, maiores que as próprias pernas e, por isso mesmo, com grandes riscos à sobrevivência do seu negócio. Vale lembrar, como diz o povo, que as quedas em escada são sempre as mais danosas! Com efeito, esquece-se freqüentemente dos recursos bem-sucedidos empregados quando dos primeiros e mais difíceis degraus...
Enfim, não bastam achados e desbravamentos (quando até mesmo atitudes impetuosas e casualidades podem impulsionar os iniciantes!), é preciso mais, muito mais, para se empreender bem em tempos marcados pela incessante competitividade global e pela dinâmica de constantes mudanças e avanços tecnológicos.
Se é verdade que algumas empreitadas podem tomar o colorido da loucura e até obter sucesso, muito maior verdade é o número de empreendimentos que, para chegarem ao êxito, tiveram que se apoiar na equilibrada análise do que estava acontecendo em seu entorno. Em tal análise, avultam o conhecimento do mercado e a antevisão de cenários possíveis, sem os quais é grande a probabilidade de se patinar no vazio, tendo, por conseqüência, o arrefecimento do próprio ânimo empreendedor e o fim da “aventura” empreendedora.
Um fenômeno curioso, pelo menos no Brasil, é haver o ímpeto empreendedor sem a contrapartida não só de uma prévia análise, como de informações sobre a área em que se vai atuar. Sem informação e sem análise, soma-se ao ímpeto empreendedor aquele que talvez seja o mais negativo dos ingredientes nacionais: a falta de perseverança. O comportamento típico do brasileiro leva-o mais a aguardar uma sonhada sorte do que a insistir, apesar dos percalços, nos caminhos planejados. O imediatismo, tão caro à nossa cultura, faz com que os obstáculos, tantas vezes passageiros, pareçam impedimentos definitivos. Assim, o brasileiro julga-se, de logo, um perdedor (poderia ser dito: um empeerdedor!) e encerra melancolicamente o empreendimento, a encontrar culpas e desculpas, reais ou imaginárias.
O que se pede ao empreendedor não é o que, de saída, ele já pode ou deve possuir por sua própria natureza: vontade. Nisso, a psicologia tanto quanto as habituais ferramentas da gestão podem vir em seu socorro. Nesse sentido, seu comportamento deve mudar ao longo do tempo, amadurecendo pari passu com seu próprio negócio. O que se pede ao empreendedor é que, não deixando de sê-lo, aprimore-se continuamente, incorporando com imensa paciência o que uma moderna gestão tem a lhe oferecer. Tanto os percalços do início quanto os demais de sua trajetória deveriam, em tese, reavivar seu ânimo e seu olhar para as oportunidades. No mais — para usar de uma imagem já popular —, o empreendedor deve subir sua escada degrau por degrau, sem a tentação de saltos quixotescos, maiores que as próprias pernas e, por isso mesmo, com grandes riscos à sobrevivência do seu negócio. Vale lembrar, como diz o povo, que as quedas em escada são sempre as mais danosas! Com efeito, esquece-se freqüentemente dos recursos bem-sucedidos empregados quando dos primeiros e mais difíceis degraus...
Enfim, não bastam achados e desbravamentos (quando até mesmo atitudes impetuosas e casualidades podem impulsionar os iniciantes!), é preciso mais, muito mais, para se empreender bem em tempos marcados pela incessante competitividade global e pela dinâmica de constantes mudanças e avanços tecnológicos.