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Governança Corporativa: Sustentabilidade e Transparência
O conceito surgiu a partir de uma demanda do mercado por gestões mais transparentes, éticas e socialmente responsáveis. Publicado em Sun Jul 01 11:50:00 UTC 2007 - Edição 456
O crescimento do número de investidores no mercado mundial provocou a necessidade de aprofundar os mecanismos de regulação das bolsas de valores. Os fundos de pensão, grupos administradores de grandes carteiras, passaram a ter representatividade ainda maior, mesmo considerando a permanência de grandes investidores individuais no mercado. Nesse contexto, surge o termo Governança Corporativa, transcendendo seus dois significados básicos: (1) processo pelo qual as empresas são dirigidas e controladas e (2) campo da economia que estuda os fenômenos oriundos da fronteira entre propriedade e controle de uma empresa.
Governança Corporativa é o conjunto de processos, padrões, políticas e instituições que afetam a maneira como uma corporação é dirigida, administrada ou controlada. Engloba, também, as relações entre todos os envolvidos na atividade (stakeholders) e os objetivos para os quais a corporação é governada. Os principais envolvidos são os acionistas, a alta gerência e o conselho de administração. Outros stakeholders são os empregados, fornecedores, clientes, bancos e as outras instituições financeiras de captação de recursos, os órgãos reguladores e principalmente o meio socioambiental.
Ainda no século dezenove, surgiram os primeiros sinais de um processo decisório mais moderno nas grandes corporações. A diversidade do controle acionário nessas empresas acelerou a chegada dessa nova entidade, que tinha como papel principal governar as empresas sem a unanimidade consensual de seus acionistas. Empresas intercontinentais tinham acionistas com culturas distintas, ambientes de mercado distintos e, de um momento para outro, em números muito maiores do que de costume. A Governança Corporativa surge, portanto, de uma necessidade do mercado.
Alguns momentos históricos tiveram um papel importante no desenho deste novo modelo. A quebra da bolsa de Nova York, em 1929, aglutinou os diversos elementos isolados, provocando uma reação violenta para rever as regras de governar as modernas corporações societárias. Mais recentemente, no final da década de 1990, a crise asiática e, mais fortemente, os escândalos nos gigantes Enron e WorldCom ressaltaram as fragilidades dos mecanismos de controle e governo das corporações.
Atrelado à disseminação do conceito de Governança Corporativa, surgiu outro importante elemento: a Responsabilidade Social. Os dois conceitos se entrelaçam e se refletem na maneira responsável, na ética e na seriedade de propósitos e de informações que a sociedade necessita como organismo e que os acionistas de todo o mundo exigem como requisito básico. Essa foi uma importante contribuição da Governança Corporativa para as empresas de dimensão menos cosmopolita e que são o berço do empreendedorismo em países como o Brasil.
Trata-se de assegurar a existência de uma sociedade viável, e não apenas lucrativa. Um ambiente em que a palavra-chave é sustentabilidade, onde predominam informações confiáveis, dirigentes coerentes com suas visões inspiradoras, processos e prioridades transparentes.
Chegará o momento em que conceitos como esse, que envolve políticas corporativas, ferramentas econômico-financeiras, transparência de movimentos, irão se aplicar a todos os campos de atividades. Temos o dever, como sociedade, de promover a migração da Governança Corporativa para palcos políticos e administrativos da máquina pública, ainda opaca e escura, examinando-os continuamente com a ferramenta da transparência.
Governança Corporativa é o conjunto de processos, padrões, políticas e instituições que afetam a maneira como uma corporação é dirigida, administrada ou controlada. Engloba, também, as relações entre todos os envolvidos na atividade (stakeholders) e os objetivos para os quais a corporação é governada. Os principais envolvidos são os acionistas, a alta gerência e o conselho de administração. Outros stakeholders são os empregados, fornecedores, clientes, bancos e as outras instituições financeiras de captação de recursos, os órgãos reguladores e principalmente o meio socioambiental.
Ainda no século dezenove, surgiram os primeiros sinais de um processo decisório mais moderno nas grandes corporações. A diversidade do controle acionário nessas empresas acelerou a chegada dessa nova entidade, que tinha como papel principal governar as empresas sem a unanimidade consensual de seus acionistas. Empresas intercontinentais tinham acionistas com culturas distintas, ambientes de mercado distintos e, de um momento para outro, em números muito maiores do que de costume. A Governança Corporativa surge, portanto, de uma necessidade do mercado.
Alguns momentos históricos tiveram um papel importante no desenho deste novo modelo. A quebra da bolsa de Nova York, em 1929, aglutinou os diversos elementos isolados, provocando uma reação violenta para rever as regras de governar as modernas corporações societárias. Mais recentemente, no final da década de 1990, a crise asiática e, mais fortemente, os escândalos nos gigantes Enron e WorldCom ressaltaram as fragilidades dos mecanismos de controle e governo das corporações.
Atrelado à disseminação do conceito de Governança Corporativa, surgiu outro importante elemento: a Responsabilidade Social. Os dois conceitos se entrelaçam e se refletem na maneira responsável, na ética e na seriedade de propósitos e de informações que a sociedade necessita como organismo e que os acionistas de todo o mundo exigem como requisito básico. Essa foi uma importante contribuição da Governança Corporativa para as empresas de dimensão menos cosmopolita e que são o berço do empreendedorismo em países como o Brasil.
Trata-se de assegurar a existência de uma sociedade viável, e não apenas lucrativa. Um ambiente em que a palavra-chave é sustentabilidade, onde predominam informações confiáveis, dirigentes coerentes com suas visões inspiradoras, processos e prioridades transparentes.
Chegará o momento em que conceitos como esse, que envolve políticas corporativas, ferramentas econômico-financeiras, transparência de movimentos, irão se aplicar a todos os campos de atividades. Temos o dever, como sociedade, de promover a migração da Governança Corporativa para palcos políticos e administrativos da máquina pública, ainda opaca e escura, examinando-os continuamente com a ferramenta da transparência.