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Revisando os Ponteiros do Tempo
O que podemos fazer para criar vantagens competitivas no uso do tempo? Publicado em 04.02.2007 - Edição 435
No Universo, a única grandeza que não apresenta variações é o tempo — com exceção daquela produzida pela curvatura do cosmos, descrita na Teoria da Relatividade, que valeu a Albert Einstein o Nobel de Física em 1921. Logo, não há, até o momento, como encurtá-lo ou distendê-lo. Dentro dessa perspectiva espacial, o que podemos fazer para criar vantagens competitivas no uso do tempo?
Há cerca de doze anos, a Universidade Harvard editava, em seu Harvard Business Review, um paper intitulado Time-and-Motion Regained, de autoria de Paul S. Adler. Os termos tempo e movimento remetem ao filme Tempos Modernos, de Chaplin, que trata do mecanicismo: dar ao homem a mesma precisão e regularidade de uma máquina, suprimindo inclusive o pensar, único elemento que, de fato, nos diferencia dos outros seres vivos.
Vamos fazer um exercício de avaliação de nosso uso do tempo, definindo, inicialmente, nossas ações durante o período de trabalho. Definiremos como "atividades repetitivas" aquelas bastante freqüentes em nossa jornada de trabalho e que geram valor. Como "atividades periódicas", aquelas que realizamos com freqüência menor e que são coadjuvantes da geração do valor. E como "atividades flutuantes" aquelas não-previstas, atemporais ou eventuais e que, via de regra, não agregam valor.
Avalie o seu trabalho no dia-a-dia e mensure qual o percentual de atividades flutuantes. Quais podem ser eliminadas ou transformadas em repetitivas e periódicas. Se o percentual de atividades flutuantes estiver acima de 15%, há como otimizar o seu tempo, a partir da avaliação de aspectos profissionais, ambientais, de eficiência, segurança, ergonomia e satisfação.
A Toyota Motor Company, segunda maior montadora de automóveis no mundo, utiliza essa conceituação aliada a um alto grau de padronização. Todas as atividades realizadas atendem a um padrão de tempo que reflete a demanda do mercado e os requisitos do negócio, norteadas por um conjunto de valores — respeito e seguranças física, emocional e profissional.
Sejam nossas atividades criativas, lógicas ou mecânicas, podemos sempre planejar e predefinir o que fazemos, como fazemos, o que devemos produzir de resultados, qual a medida de satisfação do nosso cliente ou qual o padrão esperado do nosso serviço/produto, criação.
O Trabalho Padronizado (Standardized Work) utilizado pela Toyota é o elemento que utiliza o conceito de Tempos e Métodos, integrando os valores acima expostos como parte ativa do cenário do trabalho. Não basta realizar, temos de ir além, padronizar boas práticas, superar obstáculos, em busca da excelência, tratando o tempo como um desafio e uma oportunidade de criar vantagem competitiva.
Trabalho de alto rendimento, livre de desperdícios, deve ser nosso objetivo e inspiração. Esse novo cenário do tempo, que supera rotinas improdutivas, pode ser o novo modelo de eficiência de sua equipe, sua empresa e seu trabalho. Repense o seu tempo!
Há cerca de doze anos, a Universidade Harvard editava, em seu Harvard Business Review, um paper intitulado Time-and-Motion Regained, de autoria de Paul S. Adler. Os termos tempo e movimento remetem ao filme Tempos Modernos, de Chaplin, que trata do mecanicismo: dar ao homem a mesma precisão e regularidade de uma máquina, suprimindo inclusive o pensar, único elemento que, de fato, nos diferencia dos outros seres vivos.
Vamos fazer um exercício de avaliação de nosso uso do tempo, definindo, inicialmente, nossas ações durante o período de trabalho. Definiremos como "atividades repetitivas" aquelas bastante freqüentes em nossa jornada de trabalho e que geram valor. Como "atividades periódicas", aquelas que realizamos com freqüência menor e que são coadjuvantes da geração do valor. E como "atividades flutuantes" aquelas não-previstas, atemporais ou eventuais e que, via de regra, não agregam valor.
Avalie o seu trabalho no dia-a-dia e mensure qual o percentual de atividades flutuantes. Quais podem ser eliminadas ou transformadas em repetitivas e periódicas. Se o percentual de atividades flutuantes estiver acima de 15%, há como otimizar o seu tempo, a partir da avaliação de aspectos profissionais, ambientais, de eficiência, segurança, ergonomia e satisfação.
A Toyota Motor Company, segunda maior montadora de automóveis no mundo, utiliza essa conceituação aliada a um alto grau de padronização. Todas as atividades realizadas atendem a um padrão de tempo que reflete a demanda do mercado e os requisitos do negócio, norteadas por um conjunto de valores — respeito e seguranças física, emocional e profissional.
Sejam nossas atividades criativas, lógicas ou mecânicas, podemos sempre planejar e predefinir o que fazemos, como fazemos, o que devemos produzir de resultados, qual a medida de satisfação do nosso cliente ou qual o padrão esperado do nosso serviço/produto, criação.
O Trabalho Padronizado (Standardized Work) utilizado pela Toyota é o elemento que utiliza o conceito de Tempos e Métodos, integrando os valores acima expostos como parte ativa do cenário do trabalho. Não basta realizar, temos de ir além, padronizar boas práticas, superar obstáculos, em busca da excelência, tratando o tempo como um desafio e uma oportunidade de criar vantagem competitiva.
Trabalho de alto rendimento, livre de desperdícios, deve ser nosso objetivo e inspiração. Esse novo cenário do tempo, que supera rotinas improdutivas, pode ser o novo modelo de eficiência de sua equipe, sua empresa e seu trabalho. Repense o seu tempo!