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|Gestão de Negócios - Organizando a empresa - Eline Nascimento

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Controle de custos e reestruturação para enfrentar a crise

A pesquisa Termômetro ÁgilisRH mostrou que mais de 90% dos empresários e gestores tomaram medidas preventivas para combater a instabilidade econômica.
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Publicado em 26.07.2015 - Edição 877
Os resultados do Termômetro, sondagem realizada pela ÁgilisRH, empresa integrante da Rede Gestão, nos meses de abril e maio últimos, mostram que muitos gestores pernambucanos já estavam precavidos acerca da turbulência econômica que se alastrou e tomaram medidas preventivas. 
 
Dos 234 empresários, gestores e profissionais de RH que responderam ao questionário, 215 (91,9%) afirmaram ter se posicionado preventivamente diante da crise, enquanto os outros 19 (8,1%) só não o fizeram por estarem esperando os resultados do primeiro semestre para avaliação. Quando perguntados sobre quais as alternativas adotadas, os entrevistados responderam que a principal medida foi o controle das despesas administrativas, como as de energia, água e custos operacionais (88,9%), seguida da redução dos investimentos previstos para infraestrutura (54,8%) e da redução da equipe operacional (47%). 
 
Ainda houve renegociação de contrato com fornecedores (37,7%), mudança na estrutura de gestão (36,4%) e redução nos investimentos em comunicação e marketing (25,3%). Por outro lado, a medida menos adotada foi a suspensão de programas de capacitação e treinamento (14,7%).
 
Para a consultora e sócia da ÁgilisRH Eline Nascimento, coordenadora do Termômetro, os resultados mostram que o momento está impactando demissões, sim, mas que, ao mesmo tempo, existe nas empresas a consciência da necessidade de investir nos empregados que ficam, formando uma equipe estratégica. “A sondagem revela que as empresas estão focando nos profissionais que impactam no negócio”, afirma Eline. Segundo ela, essa é uma tendência que pode ser exemplificada com o caso da rede americana Starbucks diante da crise que assolou os Estados Unidos em 2008.  “Eles reorganizaram a equipe e fecharam as unidades menos rentáveis, mas investiram na capacitação dos empregados e em inovação”, lembra.
 
O Termômetro ÁgilisRH também procurou identificar quais as medidas adotadas para a gestão de pessoas. Os fatores mais citados foram: acelerar o processo de capacitação da equipe para dar conta dos desafios (66,7%) e reduzir o tamanho da equipe (44,9%); alguns ainda afirmaram que pretendiam manter a equipe e esperar o segundo semestre para reavaliar (35%). Questionados sobre o que esperam para o segundo semestre, a maioria dos profissionais (57,2%) acredita que a economia manterá a tendência do primeiro semestre; portanto, de um ano difícil. Já 39,5% dos entrevistados, à época da pesquisa, acreditavam que a próxima metade do ano seria economicamente melhor para as empresas, enquanto apenas 13,3% disseram que o segundo semestre seria pior para a economia.
 
Na opinião de Eline, a sondagem mostrou um posicionamento equilibrado por parte dos gestores e uma visão mais madura para lidar com a crise. “Agora com os resultados do primeiro semestre configurados e a possibilidade de um cenário difícil, haverá a necessidade de novas medidas e ajustes por parte das empresas. Cuidar do caixa e da equipe que permanece continuam sendo ações importantes, mas também aproveitar para inovar em processos e produtos pode ser um diferencial para atravessar essa crise”, afirma. 
 
Participaram desta edição do Termômetro Ágilis RH empresas de segmentos diversos, tais como de engenharia civil, de tecnologia, do setor automotivo, do varejo, de escritórios de arquitetura e advocacia, instituições financeiras e de Ensino Superior. 

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