Cada vez mais as empresas estão entendendo que a comunicação não é somente aquilo que resulta em matérias e notas em jornais (mídia espontânea) ou a publicidade que é feita nos grandes veículos de comunicação, como rádios, jornais e TVs (mídia paga). Mas também a comunicação interna, ou institucional. Essa ferramenta pode ajudar uma instituição (seja ela pública ou privada) a se comunicar internamente, para os mais diversos públicos, suas mensagens, valores e cultura organizacional. E não estamos falando apenas do famoso “jornalzinho” ou a moderna newsletter, mas, sim, de um conjunto de ações contínuas e interligadas que têm como finalidade atingir um objetivo traçado dentro do planejamento estratégico da empresa. Vale lembrar que: informar é um processo de transmissão de conteúdo puro e simples; enquanto comunicar é dar sentido a uma realidade.
No fundo, a comunicação interna tem sido relegada a um segundo plano no planejamento estratégico de empresas, órgãos ou entidades. Certamente, porque falta aos empresários e executivos a consciência de que a comunicação transparente, ágil, democrática e participativa é vital para o desenvolvimento e a sobrevivência das organizações. Alguns especialistas, inclusive, afirmam que existe a teoria dos cinco Cs, ou seja, para ter eficácia a comunicação interna tem que ser Clara, Consistente, Contínua (frequente), Curta (rápida) e Completa. Agora, é importante registrar que não existe receita única que possa ser aplicada em todos os casos, pois cada organização tem DNA e cultura muito próprias, assim como a impressão digital de cada ser humano.
De forma geral, podemos destacar que essas ações visam criar, nos colaboradores, agentes multiplicadores de uma imagem positiva da empresa no ambiente externo; além de permitir a troca de experiências entre líderes e liderados e entre equipes e ajudar na melhoria do clima organizacional. A comunicação interna também é importante para motivar e reter uma equipe talentosa; evitar que informações erradas sejam repassadas; criar sinergia entre os colaboradores; construir alianças; e fortalecer um ponto que muitas empresas buscam atualmente: o espírito de pertencimento às corporações, através do qual o colaborador se sente parte integrante da organização.
O fato é que temos de entender a comunicação de qualidade pela sua habilidade de ser flexível e mudar de acordo com o momento em que vive a corporação. Os profissionais dessa área devem estar atentos a essas variações e interpretar essas alterações no comportamento pessoal e empresarial para que a mensagem seja difundida com sucesso. Essa flexibilidade é ainda mais necessária devido às novas gerações e à busca incessante por novidades. Tudo isso é reflexo de um modelo de gestão e cultura empresarial que prima pela agilidade, dinamismo, e deve ser sempre moderno e adequado para cada público de interesse.
Por fim, para aferir resultados, é fundamental planejar. Para planejar deve-se fazer um diagnóstico, entendendo suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças para se ter uma síntese da situação encontrada. O processo de comunicação deve ser passível de mensuração objetiva e periódica. Pesquisas anuais devem ser realizadas para compor uma boa base de análise. Não se deve esquecer de que os resultados do processo ocorrem de médio a longo prazos; e, mesmo falando para a própria empresa e/ou parceiros, nem tudo deve ser comunicado. Há sempre uma necessidade de análise desse conteúdo. Não há dúvidas de que a comunicação interna é algo prioritário que merece grande atenção.