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Produtividade, uma questão de sobrevivência
Existem várias dicas que podem ajudar tanto uma empresa como o profissional a se tornarem mais produtivos. Publicado em 21.06.2014 - Edição 820Hoje muito se fala sobre a necessidade que o Brasil, as organizações e os profissionais têm de ser mais produtivos. Afinal, a produtividade de um trabalhador americano é cerca de cinco vezes maior do que a de um brasileiro. Na América Latina, o Brasil não está nem mesmo entre os dez países mais produtivos. Essa situação é preocupante porque a produtividade de qualquer instituição está diretamente ligada à sua capacidade de competir num mundo cada vez mais interligado. O brasileiro trabalha muito, mas produz menos que outras pessoas noutras regiões.
As organizações que precisam ser mais produtivas devem investir fortemente na capacitação de sua equipe. É bom lembrar que esse investimento não deve ser restrito à realização de cursos, mas também é facilitador promover visitas técnicas, participação em feiras e eventos e estimular que toda oportunidade de intercâmbio seja aproveitada para conhecer outras realidades e padrões de desempenho.
Outro fator determinante é a qualidade do ambiente empresarial. Quando a equipe se identifica com a organização e se sente reconhecida pelo trabalho realizado, tende a produzir mais e melhor. Investimentos em tecnologia e na atualização de processos também devem permitir um trabalho mais ágil. Além disso, o incentivo à criatividade e inovação deve ser permanente, bem como a adoção de sistemas de meritocracia, uma vez que reconhece as diferenças de produção e estimula a equipe para que faça ainda mais.
Não obstante, a atuação de lideranças estratégicas é fator fundamental para desenvolver equipes e comandar a mudança para uma cultura de mais produtividade. Os líderes têm a capacidade de envolver as pessoas com os principais desafios das organizações, além de estimular o sentimento de realização. Sem liderança, todas as outras iniciativas de ganho de produtividade podem ser comprometidas!
No que diz respeito ao desempenho dos profissionais, é sempre bom lembrar que a responsabilidade pela capacitação não é exclusiva das organizações, cada pessoa deve procurar se capacitar e ser mais produtiva. De forma geral, pode-se observar que um desafio comum para a maioria dos profissionais é a administração do tempo. Cada pessoa tem seu estilo, mas a experiência mostra que cuidar de um padrão mínimo adaptado de organização, priorizar as tarefas mais importantes e desenvolver a capacidade de dizer não a demandas não essenciais ou até descabidas são atitudes fundamentais. Esses cuidados permitem equacionar uma agenda cheia e um bom padrão de produtividade.
Outra prática importante é a realização de reuniões de trabalho. Um discurso ainda presente no meio empresarial é que “falta tempo para fazer reunião”. No entanto, desconfio que muita gente não tem tempo porque não faz reunião produtiva! Uma reunião produtiva precisa ter os horários de início e fim respeitados, uma pauta preestabelecida, coordenação claramente definida e que mantenha o foco das discussões, além dos registros dos encaminhamentos definidos com os respectivos responsáveis. A experiência mostra que uma reunião bem-feita é uma excelente alternativa para a boa administração do tempo e, consequentemente, uma boa ferramenta para a produtividade.
Isto posto, podemos concluir que não existe receita mágica para a produtividade, mas a atuação de uma liderança estratégica e a persistência na busca pela inovação para o desenvolvimento de novos padrões produtivos sem dúvida reforçam a competitividade das organizações. Em tempos de competições mundiais, uma coisa é certa: todos nós precisamos produzir bem, num padrão global, sob pena de não sobreviver em mercados hipercompetitivos.