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Como Lidar com o “Apagão” de Mão de Obra?

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Publicado em 03.05.2011 - Edição 656

Coluna da Rede Gestão Ano 11 Número 656  Domingo 1º.05.2011

Como Lidar com o "Apagão" de Mão de Obra?
Neste 1º de maio, Dia do Trabalhador, gestores de três empresas que integram a Rede Gestão refletem sobre como enfrentar o desafio de atrair, formar e manter profissionais qualificados em suas equipes — tarefa que se torna ainda mais exigente nestes tempos de mercado aquecido.   

Paulo Gustavo, sócio-fundador da Consultexto ([email protected])

O chamado apagão de mão de obra no País fará com que as empresas ajam imediatamente para mudarem suas práticas, suponho que passarão a considerar tanto o cliente interno quanto o externo com novos olhos. Para reterem, criarem ou absorverem talentos, terão que agir não apenas com um único remédio, mas com um grupo de antídotos.

Dentre os remédios, destaco alguns “antibióticos”, como: 1) capacitar e formar a própria equipe (descubra e aproveite a sede de saber de todas as gerações); 2) atentar para as incongruências em geral (as incongruências em qualquer setor, segundo Peter Drucker, podem gerar inovações); 3) motivar os profissionais (razão, interesses e sensibilidade devem caminhar juntos); 4) democratizar as decisões (muito pouca gente ainda suporta práticas autoritárias); 5) fortalecer os vínculos (relacionamentos honestos, cordiais e consistentes); 6) saber gratificar (não só com dinheiro, mas com promoções e reconhecimento).

Uma vez aplicados tais remédios, é provável (e apenas provável) que a organização se torne mais resistente a essa nova ameaça (mantendo seus valores humanos) e atraia para si os talentos do mercado. Cada vez mais, a prata da casa vai valer ouro.


Fábio Menezes, sócio da TGI Consultoria em Gestão ([email protected])

No exercício da atividade de consultoria, tenho tido a oportunidade de acompanhar várias organizações de portes e segmentos de negócios diversos e constatado o quanto o “apagão” de mão de obra está presente, hoje, nas discussões empresariais.

Na tentativa de resolver o problema imediato e, principalmente, evitar a perda dos talentos que já estão nas empresas, a prática tem mostrado que é fundamental estimular a identificação dos profissionais com a perspectiva de futuro das organizações e, consequentemente, evidenciar os ganhos que a equipe pode ter participando desse processo de crescimento.

Com relação à demanda futura por profissionais, muitas organizações têm investido corretamente no desenvolvimento de programas de estágio e trainee. Esses programas não disponibilizam profissionais prontos, mas precisam ser iniciados o mais rápido possível, sob pena de retardar ainda mais o processo de formação, além de ampliar a dificuldade de encontrar profissionais competentes e comprometidos com os desafios do negócio.

Digo isso muito à vontade porque, além de acompanhar o desenvolvimento de vários desses programas nas organizações-clientes, tive a oportunidade de participar do Programa de Estágio/Trainee da TGI e pude testemunhar o quanto é importante para os profissionais em formação e para a organização.
         

Luiz Carlos Bernhoeft Jr., sócio da Bernhoeft Contadores ([email protected])


O atual momento de aquecimento econômico trouxe um problema em dobro para as empresas. Não só se tornou praticamente impossível encontrar bons profissionais disponíveis no mercado, como elas passaram, também, a perder seus talentos para outras empresas. Esse novo cenário exige uma nova postura dos empresários em relação à gestão de seus recursos humanos.


Não é possível vencer o desafio do apagão da mão de obra sem considerar o RH uma área vital para a empresa. Na Bernhoeft, o RH se tornou uma peça-chave no planejamento estratégico, e os temas relacionados à área estão sempre presentes no dia a dia da gestão.


Para suprir a demanda por profissionais qualificados sem se tornar refém da guerra por talentos, que muitas vezes inflaciona artificialmente os salários e pode comprometer a coerência com a política de remuneração da empresa, investimos de forma permanente na formação de nossa equipe.

Sempre optamos por formar os nossos profissionais e, cada vez mais, temos procurado estruturar um programa de treinamento no qual os profissionais são constantemente capacitados para desempenhar suas atividades com alto padrão de qualidade, nos vários setores da empresa.


 Além do treinamento técnico, os profissionais que exercem funções de coordenação ou liderança passam também por um programa de desenvolvimento gerencial, com um ano de duração, no qual se capacitam para exercer a função de gestores de pessoas e de equipes de forma estratégica, alinhada com os objetivos da empresa. Com isso, conseguimos não apenas “repor” eventuais profissionais perdidos para o mercado, mas formar talentos suficientes para dar suporte ao crescimento e sustentar a expansão da Bernhoeft.


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