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Informática, a primeira vítima da informática
Publicado em 16.02.2017 -“Não há nada mais inútil do que fazer eficientemente algo que não deveria simplesmente ser feito”. Esta frase, do consultor administrativo Peter Drucker, encontra apelo ainda mais forte quando se trata de informática, setor em que a canibalização tecnológica ocorre em velocidade incomparável. Em 1987, 1 gigabyte custava US$300.000, hoje sai por menos de US$0,10. Poucas coisas foram tão desvalorizadas. E nós, simples mortais, onde ficamos neste tsunami de ondas sucessivas que nunca acabam?
São duas as opções: uma delas é aprender a surfar; a outra nem é preciso falar.
A explosão de oferta de tecnologias fez a informática sair do mundinho do datacenter caseiro e já impacta de forma dramática a sobrevivência dos mais variados negócios. As empresas que querem sobreviver tem que pensar de forma digital e criar modelos de negócios que tenham este pensamento na base de suas ações. Produzir e fornecer bens e serviços do modo convencional tem baixo crescimento e perde feio para quem vende produtos de “mudança de hábitos” como Uber, Netflix e outros.
Pense bem: Você paga por um produto ou serviço que, para o fornecedor, custa apenas alguns centavos entregar. A desmobilização de ativos é mínima: nem hora-homens alocados, nem bens tangíveis fornecidos ou cedidos. Você fica feliz e satisfeito e ainda faz propaganda. Tem coisa melhor? Os primeiros a decifrar este mundo serão os vencedores, qualquer que seja o negócio. Esse modelo também serve para os governos - em especial, o executivo - mas isto merece outro artigo.
E onde fica o datacenter, o velho datacenter, com seu monte de siglas e anglicismos tediosos, que custavam, e ainda custam, os olhos da cara e levavam anos para dar resultado efetivo? Peter Drucker aí em cima tem a resposta.
Hoje você já toca seus negócios a partir de um simples aplicativo de internet. Basta um login/senha no navegador e mais nada. A qualquer hora ou lugar e em poucos minutos, você manda propostas ou pedidos a seus clientes ou fornecedores, emite/recebe notas fiscais, concilia contas bancárias e cobranças, tem seu DRE ou fluxo de caixa realizado on-line e atualizado em tempo real e ainda manda os lançamentos contábeis digitais para o seu contador. E a assinatura desses serviços custa uma bagatela.
Este é o primeiro — e decisivo — passo para seu negócio começar a pensar de modo digital.
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