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Os Benefícios do Comércio Exterior

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Publicado em Sun Nov 06 14:56:00 UTC 2005 - Edição 371
CNa atual conjuntura do país, o comércio exterior desempenha um papel fundamental no equilíbrio macroeconômico e no próprio crescimento do PIB, essencialmente puxado pelas exportações. Todavia, apesar da excelente performance alcançada nesse item pelo Brasil nos anos recentes (em 2005, as exportações ultrapassarão com folga o patamar dos US$ 100 bilhões, um recorde histórico), os analistas são unânimes na afirmação de que ainda é preciso avançar muito mais. E, para que isso aconteça, num país como o nosso, de pouca tradição exportadora, é indispensável que todos os envolvidos tenham perfeita noção dos benefícios do comércio exterior, sejam eles consumidores, empresas ou a própria população de um modo geral.

A troca de mercadorias entre as nações advém dos primórdios da civilização, mas consolidou-se mesmo com as práticas mercantilistas na Europa, nos séculos XV e XVI, principalmente por conta do desenvolvimento da navegação marítima no Oceano Atlântico, que foi largamente utilizado para o comércio entre Europa, Índia, África e América. O comércio entre países pode trazer diversos benefícios sociais e econômicos, razão por que os governantes de todas as instâncias precisam estar conscientes e preparados para estimular as atividades produtivas a participarem do comércio exterior.

  Benefícios para os consumidores – É certo que terão acesso a maior diversidade de mercadorias, pois passarão a contar também com os produtos importados. Assim, melhoram suas chances de satisfazer seus desejos e suas necessidades, inclusive podendo dispor de produtos e serviços que melhor atendam suas expectativas quanto à qualidade e ao preço desejados.

Ampliação dos mercados consumidores, possibilitando, às empresas exportadoras, ganhos de escala e aumentos de produtividade em suas atividades, gerando maior eficiência e competitividade em custos.

Acesso a maior diversidade de fornecedores de insumos e matérias-primas, possibilitando a obtenção de melhores condições de comercialização (preço e qualidade), novas possibilidades de atividades econômicas (novos produtos e serviços) e maior confiabilidade na relação com fornecedores (formação de parcerias).

Acesso a novas tecnologias e a diferentes e melhores padrões de produção, que os incorporam na produção local, quer seja através de transferência tecnológica, do aproveitamento de mão-de-obra especializada local ou mesmo do desenvolvimento de fornecedores locais.

Ampliação do seu fluxo monetário, gerando crescimento e desenvolvimento. O fluxo monetário se caracteriza pela troca de mercadorias, pelas remessas de capital e de lucros, pelos investimentos produtivos internacionais ou mesmo pelos financiamentos concedidos por fontes internacionais. Com o desenvolvimento do país, todos ganham: instituições, empresas, trabalhadores e consumidores.

Criação de novas alternativas de produção, concentrando atividades em determinados lugares, de modo que o processo completo se dê com base no trabalho em diferentes países, permitindo, inclusive, a especialização de cada país por conta da divisão do trabalho, aspectos tão bem enfatizados pelos economistas Adam Smith e David Ricardo do século XVIII. Lembrando que a especialização aumenta a produtividade, gerando benefícios para todos os agentes econômicos envolvidos.

Desenvolvimento de oportunidades de negócios vinculadas às peculiaridades de alguns países, tais como: a abundância ou a diversidade de recursos naturais; a qualificação de trabalhadores; e as vocações tradicionais, como turismo, entretenimento, comércio ou fabricação de produtos de alta tecnologia, etc.

A ampliação do contato entre povos de diferentes etnias e culturas, desenvolvendo oportunidades e potenciais de negócios vinculados à diversidade cultural.

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