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O que realmente tem valor na luta entre marcas?

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Publicado em 28.11.2018 -

 

Definir o produto, ter uma embalagem bonita, oferecer desconto e escolher um bom ponto de vendas, deixaram de ser os principais desafios para começar um negócio. Com as variadas possibilidades de mercado e públicos, que buscam mais que produtos - querem significado, os desafios para conquistar e fidelizar consumidores são muito mais profundos e ligados diretamente com a identificação das pessoas em relação a personalidade da marca. 

A concorrência se tronou o mundo inteiro, desconsiderar as variáveis que passaram a fazer parte da relação entre mercado e consumo têm sido motivo de falência de grandes corporações. A busca pela ampliação de mercado atualmente exige a compreensão de que o consumidor é o protagonistas da relação. A questão talvez não seja desenvolver novos produtos, mas oferecer modelos de negócios com redesenho dos processos de venda e outras possibilidades para consumi-lo. 

Entre os grandes desafios que as empresas mais tradicionais vivenciam está a cultura organizacional, que em grande parte as engessam. É preciso enfrentar o medo e, mesmo que aos poucos, assumir uma posição de quebra, de busca por novos padrões, mas sobre tudo, observar como as empresas nascidas nesta década conseguem se estruturar de forma bem mais enxutas e maleáveis em suas gestões. 

Do outro lado da história está o público, que se torna a cada dia mais exigente, cobrando clareza, transparência e coesão nas práticas e no discurso. A adesão as causas torna-se um diferencial, gerando valor e identificação com a marca. Mas é essencial que ela seja verdadeira, por isso deve fazer parte do espírito da empresa. O estudo global Edelman Earned Brand 2018, apontou que 69% dos brasileiros já realizam suas compra “por convicção”, ou seja, para essas pessoas a decisão de compra ou rejeição por uma marca tem como base o posicionamento dela em relação a questões sociais, ambientais, políticas ou econômicas. 

 

Podemos destacar 3 desafios a serem considerados na luta entre marcas: 

1. Manter e conquistar novos consumidores 

A concorrência vai atuar em várias frentes, aquele que não demarcar seu território será esquecido ou nem chegará a ser conhecido. Um bom começo é pensar na jornada do consumidor, considerando seus hábitos, sua trajetória diária e o melhor momento para impactá-lo sem se tornar paisagem. 

Outra boa sacada é a utilização do marketing de experiência, que vem sendo muito utilizado para chamar a atenção de novos públicos e elevar a visão do consumidor atual, de forma a propiciar um novo ponto de vista sobre a marca. 

Mas não podemos esquecer que estamos na era da personalização. Esse fator mostra o quanto o cliente é especial, mas também desafia a empresa a inovar em seus produtos e na sua capacidade de atuação.

2. Vencer a concorrência tradicional e os novos entrantes

Se manter competitivo no mercado vai além de observar os concorrentes já conhecidos. O desafio está em identificar e desenvolver estratégias para combater os novos entrantes, que em sua maioria têm como características estruturas enxutas, novos modelos de negócio, uma presença digital forte e muita ousadia. Existem também aqueles segmentos que estão incorporando outros mercados onde antes não atuavam. Esses acabam propondo uma visão diferenciada, por trazer expertises de outras áreas, ganhando assim uma boa fatia do mercado.

A questão é que os cursos para criar e estabelecer uma nova marca já não são mais tão escassos e de custos elevados como na década passada. As grandes incorporações concorrem diretamente com as pequenas, que não precisam de estruturas complexas ou mesmo existir fisicamente. 

3. Acompanhar as tendências e inovações do mundo digital

A maioria das empresas entenderam que não devem pensar em digital e físico de forma separada. O desafio deve ser utilizar as inovações em tudo o que for possível, para que as experiência físicas sejam mais completas, essa sim é a transformação digital de que tanto ouvimos. Esse cenário é perfeito para o surgimento de novos formatos de empresas, a exemplo dos que utilizam a cultura do compartilhamento ou as que abrem suas linhas de produção ou até padrões de produtos para estimular a co-criação e convidam o consumidor para serem ainda mais ativos. 

Outra grande oportunidade que o digital vem trazendo é a possibilidade da captação de dados. Sendo bem utilizados, ajudam na personalização dos produtos ou serviços, além de se apresentarem como informação valiosa de comportamento que podem redirecionar os mercados de atuação. 

 

Não devemos nos surpreender com as empresas vistas como tradicionais que nos próximos anos optarem por repensar seus modelos de negócios, ou ainda o surgimento de novas empresas que oferecem algo que antes existia de forma totalmente diferente. É neste momento de inovação que a revolução acontece e empurra a economia para novos e ousados caminhos.  

 

 

 

 


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