Um dos conceitos de TI mais discutidos nos últimos meses é, sem dúvida, o Cloud Computing, ou Computação nas Nuvens. Mas o que vem a ser Nuvem e o que isso pode representar em termos de redução de custos e aumento de produtividade nas empresas?  A grande Nuvem é um modelo computacional que tem a internet como meio de prover armazenamento, processamento de dados e plataformas como serviços terceirizados. O que antes estava em uma rede local ou no próprio equipamento do usuário passa a ser hospedado em datacenters de provedores, que podem ser acessados por meio de qualquer equipamento, em qualquer lugar, bastando estar conectado à internet com um navegador. Em termos de benefícios, isso representa uma redução significativa nos investimentos em infraestrutura, licenciamento de softwares e tempo com manutenção.
          Vivemos atualmente em um mundo de inovações tecnológicas, no qual a mobilidade digital e a internet estão cada vez mais presentes no dia a dia. Aliando esses dois fatores à necessidade de redução de custos e aumento de produtividade, temos o Cloud Computing como um modelo que deve revolucionar a maneira como as empresas administram suas informações. Gigantes do mercado de TI como Microsoft, Google, Apple e Amazon vêm apostando na consolidação desse tipo de solução, numa verdadeira corrida às nuvens.  
          Segundo pesquisa divulgada pela Frost & Sullivan, o Cloud Computing lidera o ranking de prioridades de investimento por parte dos gestores de TI.  O estudo revelou que, no Brasil, mais da metade das grandes empresas (54%) já contam com soluções na Nuvem,  impulsionados pelas possibilidades de redução de custos no setor e maior foco nas questões estratégicas. A pesquisa também revelou que 66% das grandes empresas do País pretendem investir em soluções de Cloud no curto prazo.
          A segurança, principalmente no que diz respeito à confidencialidade das informações hospedadas em sites de terceiros, é a principal preocupação dos gestores de TI, e esse fator pode reduzir o crescimento do Cloud Computing. Embora muitos especialistas em Segurança da Informação considerem mais seguro ter arquivos nos provedores de serviços em Cloud que nas redes locais, há de se considerar que os grandes provedores serão sempre alvos em potencial de possíveis ataques e invasões de hackers. Uma decisão importante começa pela escolha do provedor de serviços, avaliando os níveis de segurança oferecidos por eles — é fundamental que seja estabelecida uma relação de confiança entre as partes. Outra preocupação é com a disponibilidade da informação. Apesar de o índice de disponibilidade de serviço chegar próximo a 100% nos melhores provedores, é importante analisar a necessidade de se investir em redundância de internet e/ou aumento de largura de banda para não comprometer a produtividade. Tais investimentos, contudo, são ínfimos em relação ao custo-benefício que o modelo de Cloud Computing pode proporcionar às empresas.
          Como inovação tecnológica, temos um modelo emergente e irreversível sob o ponto de vista econômico. As previsões de mercado indicam que as empresas que não adotarem o Cloud Computing correm o risco de ficar obsoletas. A transição, porém, deve ser gradual e estrategicamente planejada pelos gestores, de acordo com a necessidade da TI. De uma forma ou de outra, estamos diante de uma verdadeira revolução no modo de gerenciar e disponibilizar a TI, que passa a ser tratada como serviço. Uma revolução, acreditam alguns, tão importante quanto o surgimento da internet.