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Nomofobia: o medo de ficar sem o celular

Os sintomas mais frequentes são olhar diversas vezes para o celular em pouco tempo e estar sempre preocupado com a localização do aparelho.
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Publicado em Sat Dec 12 13:00:00 UTC 2015 - Edição 897
Não há dúvida de que o celular é muito útil nos dias de hoje e que faz parte da nossa vida no trabalho, no lazer, no estudo, na segurança, na comunicação, na mobilidade, entre outras atividades. Mas tem gente que exagera no uso e vem desenvolvendo o medo de ficar sem o seu aparelho. A incidência desse problema é tão alta que se transformou em distúrbio e já tem até nome: nomofobia
 
Segundo um estudo feito nos EUA pela SecurEnvoy, a no mobile fobia, que designa o desconforto ou a angústia causados pela incapacidade de comunicação através de aparelhos celulares, já atinge 66% da população norte-americana. Mais do que o medo de ficar sem celular, as pessoas com esse distúrbio disseram ter medo de não se sentir acessíveis e conectadas.
 
O estudo mostrou também que as pessoas com nomofobia conferem seus smartphones pelo menos 34 vezes por dia e que 75% dos entrevistados usam o aparelho até no banheiro. Os mais jovens têm maiores chances de desenvolver a nomofobia, assim como as mulheres estão mais propensas a sofrer com o distúrbio do que os homens. Os principais sintomas da nomofobia são: 1) olhar para o smartphone diversas vezes num curto intervalo de tempo; 2) preocupar-se constantemente com a localização do aparelho; 3) nunca desligar o celular, nem mesmo quando vai dormir. 
 
Se você se enquadrou nessas características, é importante entender que a nomofobia tem grandes impactos na vida profissional. As principais consequências são a perda da produtividade e até do emprego, pois os empregadores não estão dispostos a remunerar um trabalhador que gasta mais tempo no celular do que fazendo aquilo para o que foi contratado. Além disso, pode causar sedentarismo; tendinite; problemas de visão (por causa da exposição à tela), na coluna (por causa da postura) e até na alimentação.
 
Mas o grande prejuízo é nas relações interpessoais. É preciso ficar atento à falsa sensação de estarmos mais próximos daqueles que estão distantes, quando, ao mesmo tempo, estamos nos distanciando daqueles que estão ao nosso lado, como a nossa família, substituindo a vida social pelas relações virtuais, criando um círculo vicioso que se agrava cada vez mais.
 
E você? Está sempre conectado onde quer que esteja? Fica checando se o celular está no bolso para ter certeza de que não o esqueceu? Vive rindo sozinho na frente do aparelho? Fica irritado quando a bateria descarrega ou, pior ainda, anda com uma bateria auxiliar ou carregador de emergência? Lembre-se de que, na época dos nossos avós, não existiam smartphones, e eles não deixaram de fazer novos amigos, de saber das últimas notícias, de trocar mensagens, etc. Por isso, desconectar-se é necessário para evitar o estresse e aproveitar melhor a vida.

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