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O que você espera para 2017

Opiniões e perspectivas de integrantes da Rede Gestão para este ano. As avaliações abordam os cenários internacional e nacional e seus impactos no dia a dia das empresas.
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Publicado em Tue Feb 23 13:00:00 UTC 2016 - Edição 920
Gustavo Escobar – Sócio do escritório ECZ Advogados
É fato inconteste que muita coisa ruim aconteceu no Brasil no ano de 2016. Seja na política ou na economia, o nosso desempenho foi lastimável, gerando instabilidades e criando uma crise de confiança sem precedentes. No cenário global, com a diminuição do crescimento da China, baixa recuperação da Europa e dos EUA, temos fatores externos que também nos pressionaram e contribuíram para o nosso péssimo desempenho.

Por mais que haja otimismo para 2017 (muito baseado no dito popular: pior do que está, não fica), a verdade é que há muitas incertezas. Internamente, temos dificuldades para aprovar as reformas necessárias e uma política monetária que incentiva o rentismo em detrimento do investimento no mercado produtivo. Enquanto esses fatores não forem superados, creio que os indicadores não voltarão ao patamar de crescimento apropriado. Além disso, temos a eleição de Trump, o Brexit e a crise imigratória na Europa como potenciais fatores de instabilidade internacional que merecem atenção. Dessa forma, acredito que nunca nos deparamos com um cenário tão nebuloso, onde qualquer previsão, mais do que nunca, é mero exercício de futurologia. A dúvida é a maior certeza para 2017!

Tiago Siqueira – Sócio da TGI Consultoria em Gestão
O ano de 2017 para todos deverá ser de muita atenção e cautela. As crises econômica e política, que trouxeram muitas dificuldades para as empresas e para as pessoas nos últimos tempos, ainda são muito sérias e deverão continuar neste ano. As perspectivas são de início do fim dessa crise, mas ela ainda existe, e, por isso, precisamos nos preparar para sairmos bem dela. Isso significa manter o foco no dia a dia do trabalho, mas também ter o olhar voltado para o futuro, sempre pautado por uma estratégia de negócio.

Na prática, é preciso continuar com o controle efetivo dos gastos, reduzindo as despesas no que for preciso (sem que afete a qualidade do trabalho) e, principalmente, cuidar do mercado, dando a atenção necessária aos clientes e buscando alternativas de inovação dos produtos ou serviços que oferecemos. Na crise, encontramos soluções. Esse é o mecanismo natural de sobrevivência. Sem dúvida, no final, sairemos mais fortes.

Nilton Lemos – Sócio da Voz Comunicação
De uma forma geral, em anos conturbados como estes que estamos vivendo, faz-se muito necessário o investimento em uma comunicação interna de qualidade e com uma assertividade cada vez maior. Em 2017, sentimos que o empresariado local e regional irá entender essa necessidade e demandar cada vez mais um projeto sólido e consistente para comunicar para seus colaboradores seus valores e diferenciais, para, assim, motivar sua equipe, gerando mais retorno para a empresa. No que diz respeito ao trabalho externo, é importante identificar os veículos e principais canais que venham agregar no/na desenvolvimento/consolidação da marca que está sendo trabalhada. O foco passa a ser a qualidade, e não a quantidade de inserções nesses canais.

Carlos Alberto Valença – Diretor-executivo na ACTBEL
Acredito que 2017 será um ano de resultados tímidos no campo da geração de empregos e oportunidades. Tudo vai depender da velocidade da implementação das mudanças necessárias que dependem de aprovação política. Empresas e empresários aguardam um ambiente mais confiável para seus investimentos, que gerarão contratações; consequentemente, o consumo voltará a crescer e novos investimentos serão feitos. Muita coisa precisa ser feita em nosso país, principalmente no campo da infraestrutura. O desemprego deve ser combatido com medidas sustentáveis e não populistas. Privilégios e absurdos administrativos devem ser extintos, a austeridade precisa, mais do que nunca, ser resgatada. Será um ano de muitos ajustes. Por enquanto, só temos esperança e incertezas.

Sérgio Ferreira – Sócio-diretor da Guimarães Ferreira Consultoria
Temos que ser otimistas, porque, nesta situação difícil que estamos vivendo, precisamos procurar ser positivos. Quando vemos a economia pelo lado dos números, fica difícil ser positivo, mas economia também é estado de ânimo, comportamento. É nesse aspecto, da psicologia social da economia, que cultivamos nossa esperança. Acredito que a sociedade civil tem papel relevante nas mudanças que o País precisa fazer, principalmente na necessidade de se ter um comportamento ético. Quiçá, a sociedade brasileira passe a achar que deve ser mais protagonista para reativar a economia, esquecendo-se um pouco da política. Por mais que exista crise, as pessoas precisam se alimentar, se divertir, se locomover e trabalhar. Isso tudo gera movimentação econômica, emprego e renda.

Silvia Gusmão – Psicanalista e sócia da Trajeto Consultoria
O ano de 2016 foi difícil. Por um lado, não passamos incólumes pelo caldo da crise. Por outro, tivemos a oportunidade de criar novas oportunidades e novos serviços que se adequassem a esse momento. Nossas expectativas para 2017 são realistas, mas otimistas. Temos altas expectativas sobre alguns produtos que podem vingar neste ano. Estamos saindo do imobilismo e trabalhando em cima da crise, que nos fez repensar nosso trabalho e caminhar para outras direções.

Manuel Aguiar – Consultor em Acessibilidade e Inclusão na Proacessi
O ano de 2016 foi de ostentação de trabalho para a Proacessi. Porém, o conceito de inclusão social foi ficando cada vez mais no campo do discurso. Foi um ano tumultuado em que ficamos tremendamente abalados com os inúmeros eventos desastrosos que se abateram sobre o nosso país. Para 2017, queremos que a inclusão social cada vez mais deixe de ser discurso e se torne efetivação pela sociedade civil e pelas empresas. Que se torne uma cultura de necessidade de inclusão, para que a sociedade seja de todos. Para o País, desejamos que a democracia volte a viver.

 

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