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Super-regra da etiqueta: Seja você mesmo!

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Publicado em Sun Mar 26 12:38:00 UTC 2000 - Edição 79
A série Regras da Etiqueta publicada recentemente na coluna Desafio 21 abordou alguns tópicos imprescindíveis sobre como vestir-se e comportar-se no ambiente profissional. Atitudes como apresentar-se bem, adotar práticas e hábitos da boa convivência e tornar-se uma pessoa agradável ajudam a construir uma imagem pessoal positiva e acabam por permitir o funcionamento coletivo adequado ao facilitar a interação do profissional com outras pessoas no seu ambiente de trabalho.

No entanto, nenhuma regra de etiqueta pode ser eficaz naquilo que pretende - ou seja, causar uma boa impressão - se for tratada de modo impessoal, dando a sensação no outro de que "eu já vi isso em algum lugar" ou "é igualzinho a fulano". Vivemos num período em que a singularidade, a "assinatura" que cada um coloca naquilo que faz, é extremamente valorizada. O marketing one-to-one praticado pelas empresas na relação com seus clientes, por exemplo. O princípio é de que cada cliente deve ser tratado como se fosse único e a grande sacada é descobrir o que cada um apresenta de ímpar, oferecendo-lhe produtos e serviços sob medida. A singularidade atrai.

Se esse princípio funciona para o cliente, por que não para nós mesmos como profissionais? Quando não se marca um estilo próprio, pode-se passar uma imagem de falsidade, do tipo "não cabe na roupa que usa", ou de insegurança, como se tivesse medo de assumir o que, de fato, pensa e valoriza. É por isso que comportar-se no ambiente profissional exatamente como o seu tão admirado colega de escritório pode acabar causando uma péssima impressão aos olhos dos mais atentos.

Além disso, a tentativa de seguir à risca fórmulas de etiqueta pode trazer uma conseqüência ainda maior do que negligenciar uma ou outra regra: a de transformar-se num "clone" de um outro que serve de modelo, acarretando, invariavelmente, uma infeliz e desvantajosa comparação com o "original".

Adotar um estilo pessoal marcante é, portanto, imprescindível. A diferença deve estar, exatamente, na capacidade de equilibrar aquilo que o ambiente espera como padrão mínimo de comportamento de um profissional e aquilo que o faz mostrar "a que veio". É preciso apropriar regras comuns, sim, mas, não é bom esquecer, dê a elas a grife de sua marca inconfundível.

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