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Gestão do conhecimento: o grande desafio

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Publicado em Sun Jul 16 18:33:00 UTC 2000 - Edição 95
A informação é a moeda forte da nova economia. Atentas a essa nova realidade, é cada vez maior o número de empresas que consideram a gestão do conhecimento uma ferramenta essencial para o aperfeiçoamento da sua capacidade competitiva. Tratar estrategicamente a informação é uma atitude que, efetivamente, pode gerar lucros e atuar como um diferencial da organização. "Ter profissionais que detenham o conhecimento e, principalmente, saibam disseminá-lo por toda a empresa é um princípio básico", afirma a consultora master da JCR & Calado Consultores, Lília Barbosa. Mas, segundo ela, para que a empresa esteja preparada para a era da gestão do conhecimento, é preciso também mudar alguns hábitos organizacionais e investir em tecnologia.

A consultora dá algumas dicas para as empresas. (1) Definir uma estratégia. "É inútil uma gama de informações sem foco", diz Lília. É preciso saber aonde a empresa quer chegar, quais são as suas competências essenciais, analisar seu portfólio, conhecer seus concorrentes, analisar o mercado. Com isso é possível identificar as informações que são essenciais ao negócio. E, o mais importante, tomar as decisões certas. (2) Ser uma empresa conectada. As operações das empresas precisam estar em perfeita sincronia e integração; devem comunicar-se. Isso será a base para a formalização do conhecimento organizacional. (3) Ter processos horizontalizados e democratizar a informação. A informação deve fluir em todas as direções, porque todos que constroem o processo precisam compartilhar o conhecimento. "Muitas empresas centralizam a maioria das informações na alta administração, sob a desculpa de serem estratégicas e confidenciais. Isso é um erro", diz a consultora. Sem informação, não há conhecimento. E sem conhecimento, não há criatividade nem inovação. (4) Valorizar as idéias. Para Lília, o maior conhecimento está nas pessoas, que são movidas a reconhecimento. "Do office-boy aos diretores, independentemente do que fazem, elas precisam se sentir importantes, assumindo o papel principal no processo." (5) Ter uma estrutura organizacional flexível. A nova economia requer estruturas leves, nas quais o que importa não é a hierarquia, mas o conhecimento adquirido e a comunicação usada como combustível para seu funcionamento.

Observando-se os princípios de busca, construção e fluxo da informação, pode-se trabalhar por uma gestão do conhecimento eficaz, mas não é garantia suficiente para o sucesso da empresa. A condição essencial é que as pessoas tenham autonomia suficiente para fazer bom uso da informação. "Deter a informação sem empowerment para agir é inútil e frustrante para os profissionais e para a empresa. A organização perde agilidade junto aos clientes, fornecedores e, conseqüentemente, competitividade no mercado", finaliza Lília.

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