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Motivação, uma Porta de Duas Chaves

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Publicado em Sun Aug 01 18:24:00 UTC 2004 - Edição 305

As empresas parecem começar a viver um momento de certo otimismo, com perspectivas positivas de retomada do crescimento, após um período particularmente instável e difícil. Mas, para alcançar bons resultados, não basta apenas esperar por bons ventos no ambiente externo. É importante refletir sobre uma questão fundamental: as equipes estão “motivadas” para responder às exigências de um mercado cada vez mais competitivo?

 

Parece haver um consenso, equivocado, que “motivação” é algo dado por meio de receitas, dicas e fórmulas “mágicas”. Basta ouvir a palestra de um desses “gurus” que andam por aí, e, como que por encanto, a desmotivação estará “isolada” como a gripe depois da vacina antigripal.

 

Na verdade, a motivação pode até ser estimulada, mas depende diretamente de ações institucionais, gerenciais e até da postura pessoal e dos interesses de cada um, e não da conversa fiada de um ilusionista mais ou menos talentoso.

 

É evidente que o gestor deve se preocupar, sempre, com a motivação de sua equipe. Para isso, é importante zelar pelas boas condições de trabalho e promover o desenvolvimento contínuo. Isso não significa proporcionar vários cursos de capacitação, mas principalmente incentivar a melhoria permanente nas próprias atividades cotidianas.

 

O gestor precisa, também, deixar claro para a equipe qual o desafio e as expectativas da empresa em relação ao seu desempenho. Essa é uma atitude mobilizadora, que estimula o profissional a alcançar ou mesmo superar suas metas, aperfeiçoando cada vez mais seu desempenho. Mostrar ao empregado que norte ele deve seguir e trabalhar para que ele se mantenha no caminho adequado cria um sentimento de “pertinência”, ao mesmo tempo que o envolve no projeto futuro da empresa.

 

As ações institucionais também têm forte caráter motivador e devem ser constantes. A própria imagem que a organização tem no mercado já atua como um fator de motivação, muitas vezes gerando mais comprometimento no empregado, pelo orgulho de “vestir a camisa”. Além disso, é importante ter uma comunicação interna eficiente, que mantenha os empregados bem informados, disseminando as políticas e os valores praticados pela empresa.

 

Todavia, mais do que tudo, é preciso ter em mente que motivação é uma porta de duas chaves. Para abrir tem que girar uma chave por fora e outra por dentro. De um lado só, não vai. Cabe ao gerente, além de providenciar o chaveiro externo, convencer o lado de dentro a abrir também. E não adianta forçar a entrada. Motivação não passa por porta forçada.

Carolina Holanda
Sócia da Ágilis Tecnologia em RH e da TGI Consultoria em Gestão

Francisco Carneiro da Cunha
Diretor da TGI Consultoria em Gestão


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