Terceirizar sua infra-estrutura em Informática tem sido uma opção cada vez mais comum entre as empresas preocupadas em aperfeiçoar sua competitividade. Redução dos custos operacionais, mais eficiência e maior produtividade são alguns ganhos obtidos com os projetos de outsourcing de TI, uma tendência mundial que deve movimentar, este ano, R$ 7,7 bilhões apenas no Brasil, crescendo 16,7% em relação a 2003. "Ao contrário do que se pensa, a terceirização da TI não é viável só para grandes empresas", explica Filipe Aguiar, diretor da Truenet, empresa integrante da Rede Gestão. "Pequenas e médias organizações também têm muito a ganhar com esse serviço", afirma.

A informática é hoje parte essencial de qualquer empresa. Muitas delas mantém profissionais e até mesmo setores inteiros para gerenciar essa área, mesmo que ela não seja o foco principal de seu negócio. Isso requer um investimento alto na compra de equipamentos, servidores, instalação de redes, compra de softwares, contratação de pessoal especializado em TI, entre outras necessidades. Além disso, a empresa precisa investir permanentemente para se manter atualizada, acompanhando a evolução natural do setor de TI. "Isso é uma carga grande para pequenas e médias empresas suportarem", ressalta Filipe.

Como esse não é — nem deve ser — o foco da empresa, podem surgir problemas que terminam afetando todas as operações principais, comprometendo a imagem e a qualidade dos serviços prestados pela organização. "É comum vermos situações como o hardware que rapidamente se torna obsoleto ou o funcionário que sai da empresa e leva consigo todas as informações e senhas, comprometendo o funcionamento dos sistemas”, exemplifica Filipe.

Ao optar pela terceirização, a empresa transfere para um Datacenter toda a sua infra-estrutura de TI. Seus sistemas e programas passam a ser hospedados fisicamente em uma estrutura especializada, acessados e operados on-line, normalmente, através de redes seguras montadas sobre a Internet. Além de reduzir os custos operacionais, a terceirização de TI traz diversas vantagens, como o aumento do nível de conectividade das operações. Os sistemas funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana — e não apenas no horário em que a empresa estiver aberta —, e passam a estar acessíveis a partir de diversos canais, como Internet, redes de rádio, satélites, telefonia, entre outros. "Isso é fundamental, já que as empresas se relacionam cada vez mais, e a todo instante, com seus clientes, parceiros e fornecedores por meio desses sistemas", destaca Filipe.

A segurança é outro diferencial importante. "Muita gente acha que ter sua estrutura de TI alocada dentro da empresa é garantia de segurança, mas isso é uma falsa idéia de proteção porque, muitas vezes, eles são mais vulneráveis", observa Herman Braga, diretor da Truenet. Em um Datacenter, o uso de protocolos, criptografia e certificação garante segurança total no tráfego de informações. As equipes são altamente qualificadas e especializadas, e, além disso, não há risco de hardwares e softwares se tornarem obsoletos, já que há um investimento permanentemente na atualização tecnológica de sua infra-estrutura. "Outra vantagem é que o Datacenter tem poder de negociação para adquirir softwares com preços bastante competitivos e repassa esses custos menores para seus clientes, tornando viável a legalização dos que se encontram em situação irregular e eliminando, em alguns casos, passivos enormes das empresas”, assinala Filipe.

Na opinião de Herman, ainda existe uma certa resistência por parte dos empresários em apostar na terceirização de sua estrutura de TI como forma de aumentar sua eficiência e competitividade. "É uma questão cultural", diagnostica. "É comum o gestor querer manter tudo sob seus olhos, como se a proximidade física permitisse um maior controle". Mas ele acredita que o outsourcing de TI é uma tendência irreversível, já adotada por grandes empresas e que se torna cada vez mais viável para as pequenas e médias organizações. “À medida que eles percebem que essa alternativa traz ganhos concretos, aumenta a eficiência e reduz custos, esse preconceito começa a cair por terra.”