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O profissional do ano 2000

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Publicado em Sun Jan 23 16:04:00 UTC 2000 - Edição 71
A globalização e o desenvolvimento de novas tecnologias - em especial a Internet - estão provocando uma verdadeira revolução no mercado de trabalho. Se, por um lado, o "emprego" estável e seguro da geração dos nossos pais é um conceito em vias de extinção, por outro, novas funções surgem a cada dia e as relações de trabalho tornam-se mais flexíveis. No meio de tantas mudanças, o perfil do profissional considerado atrativo por empresas e organizações também está em transição. "Ao pensar na sua estratégia de carreira, o profissional deve acompanhar cuidadosamente as transformações e os impactos da Internet nos próximos anos para permanecer no mercado de trabalho em condições competitivas", analisa a consultora Ana Magalhães, da Agilis Consultoria, empresa especializada em seleção de pessoal, integrante da Rede Gestão.

O mercado está em ebulição. Empregos que, até há pouco tempo, atrás eram exemplos de estabilidade hoje desaparecem, engolidos por uma nova realidade, na qual a tecnologia é a palavra de ordem. Nesse cenário, surgem novas funções que prometem manter-se em evidência nos próximos anos como: (1) webdesigner; (2) organizador de data warehouse; (3) analista e programador especializado em redes; (4) administrador de marketing virtual; (5) administrador de redes; e (6) organizador de espaço. Outra área promissora, na avaliação de Ana Magalhães, é o setor de serviços, em especial as atividades voltadas para o lazer, turismo e entretenimento. Deve crescer a demanda, por exemplo, pelos serviços de: (1) turismo cultural; (2) consultoria ambiental; (3) telemarketing; (4) atendimento ao consumidor; (5) gerenciamento de condomínios; e (6) tradução de software. "Em alta também estão os profissionais ligados ao Direito Internacional, Ecologia, Telecomunicações, Moda e Turismo", observa.

Essas atividades devem desenvolver-se sob a ótica de uma nova estrutura de trabalho, marcada pela terceirização e pela decadência do vínculo empregatício. "A relação entre patrão e empregado tende a tornar-se uma relação cliente/fornecedor, com o foco voltado para os resultados", constata Ana. Essa nova realidade permite ao profissional atuar de forma menos rígida, com maior flexibilidade no horário de trabalho e possibilidade, inclusive, de trabalhar em casa   uma tendência observada em organizações de todo o mundo.

Além de preparado para atuar com desenvoltura nesse novo cenário, o profissional precisa estar atento para as características cada vez mais valorizadas pelas empresas. "A multicompetência é a principal", destaca Ana. Ele deve ainda ser hábil no relacionamento com colegas, clientes e fornecedores; mostrar-se sempre atento às mudanças; manter-se bem-informado; ser criativo e versátil; e demonstrar autonomia, iniciativa e liderança. Antigas exigências permanecem mais atuais que nunca. "O domínio do inglês, que sempre foi importante, hoje é uma questão crucial".

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