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Administrando as finanças pessoais

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Publicado em Sun Aug 12 15:34:00 UTC 2001 - Edição 151
Chegar ao final do mês no limite do cheque especial, acumular dívidas no cartão de crédito ou gastar muito mais do que o salário permite. O descontrole na administração das finanças é um problema que, ao contrário do que se pensa, não prejudica apenas a vida pessoal. Um orçamento doméstico desequilibrado costuma ter reflexos negativos no ambiente de trabalho, gerando queda no rendimento, baixa produtividade e desmotivação nos profissionais. "É cada vez maior o número de empresas que buscam assessoria para organizar as contas pessoais de seus executivos", constata a consultora Georgina Santos, da Agilis Seleção, integrante da Rede Gestão.

Em alguns processos de seleção, o descontrole nas finanças pessoais pode, até mesmo, minar as chances de um candidato bem preparado. "A maneira com que o profissional lida com o dinheiro é observada com atenção", diz a consultora. "Como ele poderá cuidar de contas da empresa se não administra bem suas contas pessoais?"

Para Georgina, o descontrole muitas vezes tem um motivo simples: falta de planejamento. Muitas pessoas gastam o seu salário em inúmeras pequenas despesas e, ao final do mês, não têm idéia de como o dinheiro não deu. O primeiro passo, segundo ela, é fazer um orçamento, anotando todos os gastos, diariamente. Dessa forma, é possível, ao final do mês, visualizar todas as despesas e, a partir daí, reorganizar os gastos.

Algumas atitudes podem ajudar nesse processo. (1) Evite comprar por impulso. Compras não planejadas são os principais vilões de um orçamento desequilibrado. Siga esse conselho por trinta dias e veja a diferença. (2) Saque apenas o necessário no caixa eletrônico. Evite andar com uma grande quantia na carteira. Faça uma estimativa real dos seus gastos por semana - almoços, lanches, gorjetas - e saque. (3) Ande com poucas folhas no talão de cheque. Isso fará você pensar duas vezes antes de usá-lo. (4) Mantenha apenas um cartão de crédito. (5) Prefira o cartão ao cheque pré-datado ou pagamento em espécie. O cartão registra os seus gastos e permite um controle maior das despesas. É o ideal, desde que não haja juros.

Em alguns casos mais graves, segundo a consultora, é necessário definir uma estratégia de emergência para saldar as dívidas, sair do vermelho e, então, adotar o hábito de planejar e controlar as despesas. "O ideal é que, ao final do mês, o profissional consiga economizar entre 10% e 20% do seu salário, qualquer que seja o salário", orienta.

Rede Gestão