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Arquitetura e racionamento de energia

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Publicado em Sun Aug 26 15:30:00 UTC 2001 - Edição 153
A necessidade de economizar energia está levando os arquitetos a desenvolverem soluções criativas para adaptar casas e escritórios aos novos tempos. Projetos de arquitetura e ambientação passam a priorizar o uso racional de energia e valorizar aspectos como o uso da luz natural e o aproveitamento da energia solar. "A crise de energia vai provocar uma transformação radical nas relações entre arquitetos, projetistas e clientes", diz o vice-presidente da Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura, Henrique Gambiaghi.

Como exemplo, ele cita o uso de geradores, antes restritos a edifícios de alto padrão e que, com a exigência de racionamento, passa a ser quase uma necessidade aos prédios de nível médio. "Uma das tendências que já começam a ser observadas é a utilização dos geradores não apenas nas áreas comuns dos edifícios, mas também nos apartamentos, para garantir o funcionamento de eletrodomésticos como geladeiras, freezers e computadores" .

Outra tendência, segundo Gambiaghi, é a utilização crescente da luminosidade natural nos projetos arquitetônicos. Em especial na Região Nordeste, onde a incidência de luz é alta durante todo o ano, casas, escritórios e apartamentos passam a ser projetados visando aproveitar ao máximo a luz solar. Isso significa menos ambientes fechados e mais contato com o meio externo.

Os projetos de iluminação também estão sofrendo o impacto do racionamento. Em casa, o ideal é adotar as lâmpadas eletrônicas florescentes compactas no lugar das incandescentes. Elas são 80% mais econômicas e duram até dez vezes mais. Nos ambientes de trabalho, devem predominar as lâmpadas florescentes tubulares e compactas - com uma mesma quantidade de luz é possível reduzir em um quarto o consumo de energia.

Entre as novidades que devem ganhar espaço nos projetos arquitetônicos estão os timers e os sensores de presença. O timer permite controlar a intensidade da luz ambiente e é uma maneira eficiente de evitar o desperdício. Pode-se ajustar o nível de iluminação de acordo com a necessidade. Já os sensores de presença começaram a ser adotados em escritórios e hotéis. Instalados em locais como banheiros e copas, eles permitem que a luz só acenda mediante a presença de uma pessoa no ambiente. Quando ela sai, o equipamento desliga-se automaticamente. Pelo menos em termos de iluminação e do uso de energia elétrica, existirá uma arquitetura antes e outra depois do racionamento de energia. A adversidade ensinará muito.

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