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Tacaruna: de Fábrica a Centro Cultural

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Publicado em Sun Dec 23 13:55:00 UTC 2001 - Edição 170
Apontado como um projeto de relevância estratégica para o desenvolvimento de Pernambuco, o Complexo Cultural Tacaruna teve seu estudo preliminar de viabilidade apresentado, na última semana, aos integrantes da Sociedade de Planejamento Empresarial de Pernambuco (SPPE). Em almoço no Mar Hotel, o coordenador do projeto, arquiteto Romero Pereira, destacou a importância do projeto, orçado em US$ 12 milhões, para o incentivo à produção cultural, ao turismo e à economia do Estado. O projeto prevê a transformação da Fábrica Tacaruna, na divisa entre Recife e Olinda, em um centro cultural com espaço para exposições, cursos profissionalizantes, operações comerciais e eventos ligados à cultura pernambucana. Também propõe a integração com outras operações da área, como o Centro de Convenções, Classic Hall, Shopping Tacaruna e Espaço Ciência. A expectativa é de que as obras comecem em agosto de 2002 e fiquem prontas em três anos. Falando para uma platéia formada por empresários e executivos de diversos setores, Romero Pereira defendeu o incentivo à produção cultural como forma de alavancar o desenvolvimento do Estado. Responsável pela implantação dos projetos de revitalização do Bairro do Recife e de restauração do Teatro Santa Isabel, entre outros, ele afirmou que o Complexo Cultural Tacaruna irá atuar como porta de entrada para o turismo, propondo uma nova centralidade para a produção cultural do País. "O Complexo Cultural Tacaruna será mais que um centro cultural. Será um pólo de projeção internacional com repercussão positiva em vários setores da economia." O projeto prevê o funcionamento de diversas atividades na antiga Fábrica Tacaruna: (1) centro de formação de profissionais de cultura, oferecendo cursos técnicos com média de um ano de duração; (2) centro de exposições; (3) centro de interpretação do território, espaço museográfico com uso de recursos tecnológicos para mostrar ao público a riqueza cultural e turística de Pernambuco; (4) espaços comerciais dedicados às indústrias de cultura e criação artística; e (5) espaços para reuniões e encontros de pequeno formato. Atualmente em fase de implantação de seu núcleo de gestão, o projeto terá sua construção financiada por recursos públicos. Depois de pronto, seu custo mensal, orçado em R$ 230 mil, será mantido por recursos públicos, pela iniciativa privada (patrocínios) e por recursos gerados pelo próprio Complexo, em partes equivalentes. "O investimento em cultura gera um retorno quase imediato", defendeu Pereira, citando como exemplo Portugal, que viu seu PIB anual crescer 3,5% após a realização da Expo 98, contra a média européia de 1,9%. "O Complexo Cultural Tacaruna irá impulsionar significativamente a criação de novas atividades econômicas em Pernambuco."

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