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A era do comércio eletrônico

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Publicado em Sun Aug 15 09:58:00 UTC 1999 - Edição 48
Até pouco tempo atrás, o consultor André Vasconcelos costumava perder horas preciosas de trabalho todas as vezes que precisava encomendar, junto aos fornecedores do eixo Rio-São Paulo, produtos ou equipamentos para a sua empresa de implantação e manutenção de sistemas de informática. "Passava horas pendurado no telefone em ligações interurbanas, comparando preços, pesquisando estoques e fazendo pedidos", lembra. A prática ainda é comum em muitas empresas, mas está sendo atropelada por uma verdadeira revolução nas relações comerciais em todo o mundo- o e-commerce ou comércio eletrônico.

É cada vez maior o número de empresas que vêem na Internet uma ferramenta poderosa para ampliar seus negócios, aproximar o cliente, potencializar suas ações de marketing, vender produtos, serviços ou o que mais sua imaginação permitir. Graças ao comércio eletrônico, André Vasconcelos, diretor da H & S Informática, não perde mais tempo - nem dinheiro - na hora de adquirir seus equipamentos. Ele acessa o banco de dados de seus fornecedores na Internet, onde consulta informações como estoque, preço, prazo de entrega e forma de pagamento, fazendo o pedido de forma rápida e muito mais vantajosa.

O volume de transações comerciais realizadas pela Internet está crescendo em escala exponencial. Este ano, estima-se que deva alcançar US$ 170 bilhões, mais que o dobro do ano passado e menos da metade do ano que vem. No ano 2002, segundo previsão da empresa de pesquisas Forrester Research, o comercio on line vai bater a casa dos US$ 2 trilhões e, no ano seguinte, deve atingir US$ 3,2 trilhões.

"Essa é uma realidade mundial e incontestável, que atinge desde gigantes do comércio eletrônico mundial, como a Amazon Books até as pequenas empresas do nosso bairro", afirma André. Em outras palavras, é preciso estar atento e aproveitar todas as possibilidades de crescimento e aperfeiçoamento do seu negócio, oferecidas pelo e-commerce. As possibilidades são ilimitadas. Pode-se utilizar a Internet para divulgar sua marca, vender seus produtos, aproximar-se do cliente, oferecer serviços diferenciados, entre inúmeras outras.

André Vasconcelos acredita que, durante algum tempo, as transações comerciais entre empresas business-to-business vão predominar no ambiente do e-commerce, principalmente no Brasil. "Ainda há uma certa resistência do consumidor em comprar pela Internet", observa. Segundo pesquisa da Forrester Research, de novembro de 98, dos 3,8 milhões de internautas brasileiros, 331 mil eram adeptos do consumo on line, gastando anualmente US$ 215 dólares, em média. Para o ano 2003, as previsões indicam um total de 1,2 milhões de consumidores, dispostos a gastar via modem US$ 675 por ano. É o mercado consumidor que mais deve crescer nos próximos anos. "As empresas preocupadas em aperfeiçoar sua competitividade não podem ignorar o poder da Internet, não só como ambiente de vendas mas, também, como ferramenta de Marketing".

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