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A arquitetura no ambiente de trabalho

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Publicado em Sun May 09 19:03:00 UTC 1999 - Edição 34
Numa época em que os custos e os novos princípios da organização vêm provocando uma redução física dos ambientes de trabalho, é imprescindível usar a racionalidade e a identidade destes ambientes para otimizar e qualificar o local em que trabalhamos. Um ambiente bem planejado, onde utilização dos espaços, iluminação, temperatura e acústica sejam adequados, leva, sem dúvida, a um maior bem estar das pessoas e, consequentemente, a ganhos de produtividade. A antiga tendência, típica dos anos 70, de que ambientes fechados favoreceriam a concentração dos profissionais deu lugar a uma nova filosofia que transformou os espaços enclausurados em ambientes mais humanos.

É possível usar a Arquitetura e a Ambientação, tornando o ambiente de trabalho mais produtivo, com menos stress, onde as pessoas tenham prazer em estar, trabalhar e produzir. Para isso, algumas dicas:
# Buscar um layout eficiente, resultante do dimensionamento correto e da funcionalidade dos espaços disponíveis (layout é a estrutura espacial da empresa e, bem trabalhada, pode economizar espaços, reduzir circulações, aproximar ou afastar convivências).
# Procurar uma boa especificação do mobiliário e do projeto dos móveis do ambiente de trabalho. Para isso, deve-se avaliar os materiais mais adequados para cada atividade e não esquecer da ergometria, ciência que estuda os movimentos humanos para definir, por exemplo, qual a altura correta de uma mesa ou a postura, a inclinação ou a posição do braço de uma cadeira.
# Equilibrar o uso da iluminação natural e da artificial. É preciso cuidado, por exemplo, com os reflexos de luz na tela do computador, áreas de sombra no plano de trabalho etc. É preciso obedecer os índices de iluminação que variam de ambiente para ambiente. A intensidade da iluminação na mesa de trabalho, por exemplo, difere completamente daquela da área de circulação.
# Preocupar-se com a acústica, um fator fundamental e freqüentemente relegado a segundo plano. Os materiais reflexivos (granito, cerâmica, fórmica, etc) devem estar em equilíbrio com os materiais absorventes (tecido, madeira, carpete, etc). Nos ambientes amplos, onde trabalham várias pessoas, a má especificação pode provocar falta de atenção e baixa no rendimento de trabalho.
# Estar atento à relação custo/benefício. Avaliar a economia relacionada à durabilidade dos materiais, mobiliário, equipamentos e seu custo de manutencão.
# Por fim, é preciso responder às questões de ordem subjetiva e de natureza cultural. É fundamental que o lugar do trabalho tenha a cara desejada pela empresa. Um ambiente bem planejado é o primeiro passo para um trabalho estimulante e produtivo.

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