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Empresas investem em projetos de responsabilidade social

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Publicado em Mon Aug 05 01:37:00 UTC 2002 - Edição 202

A prática da responsabilidade social está saindo do discurso para fazer parte do dia-a-dia de um número cada vez maior de empresas. No Recife, duas experiências têm conseguido dar uma nova perspectiva a centenas de crianças de comunidades carentes — o Projeto Arte e Vida, patrocinado pelo Grupo Nordeste, e a Fundação CDL Recife, apoiada pela Câmara de Dirigentes Lojistas. Os projetos oferecem atividades educativas e artísticas, desenvolvem programas de saúde, apóiam ações de voluntariado e promovem a capacitação profissional dos adolescentes assistidos.

 

O trabalho da Fundação CDL Recife já atendeu mais de duas mil crianças e adolescentes de baixa renda. Hoje, a Escola Municipal Lojistas do Recife, mantida pela entidade, tem cerca de 550 alunos matriculados, de 4 a 14 anos. Além do ensino pré-escolar e fundamental, o projeto oferece ensino complementar, atividades de recreação, educação esportiva e artística. "As crianças passam o dia inteiro na escola e também têm direito a transporte e a quatro refeições diárias", revela a coordenadora do projeto, Kilsa Rocha.

 

A Fundação também desenvolve o programa Empreendedor do Futuro, que oferece curso de iniciação profissional em diversas áreas para os adolescentes. Apontado como modelo, o programa gasta apenas R$ 100,00 por mês com cada menor para assegurar todas as atividades, incluindo alimentação. "Poderíamos atender muito mais crianças se recebêssemos mais apoio dos lojistas e da comunidade", diz o presidente da CDL, Fernando Catão.

 

Arte e Cidadania – Criado em maio de 2000, o Projeto Arte e Vida atende a cem crianças e adolescentes carentes dos bairros do Coque e Santo Amaro. Por meio de atividades como aulas de comunicação e linguagem, dança, artes plásticas e música, as crianças tiveram sua realidade transformada e melhoraram significativamente sua qualidade de vida. "Antes, a linguagem conhecida por essas crianças era a violência", revelou Dolly Dalla Nora, coordenadora do projeto. "Hoje, elas estão tendo sua identidade e cidadania resgatadas e ainda disseminam o que aprendem entre as outras crianças da comunidade."

 

Além de atender as crianças, o Arte e Vida também procura estimular o envolvimento dos pais e assegura uma cesta básica por mês para cada família. Grande parte das atividades do projeto são oferecidas graças ao trabalho voluntário de dezenas de profissionais — artistas plásticos, médicos, psicólogos, pedagogos e outros profissionais liberais — e dos funcionários da Nordeste Segurança, Transbank e Soservi, empresas mantenedoras. Qualquer pessoa pode participar do projeto, com sua colaboração voluntária. "Não há mais espaço para o comportamento que isole o universo empresarial da vida da comunidade", disse Dolly. "Esse é um compromisso de todos nós."


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