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Gestão de Benefícios e Qualidade de Vida

Além de uma equipe mais saudável, o controle decorrente de uma gestão de benefícios adequada pode resultar em menor custo financeiro para a empresa.
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Publicado em Sun Nov 03 22:58:00 UTC 2013 - Edição 787

Preocupar-se com o bem-estar e a qualidade de vida de sua equipe é uma atitude essencial para a empresa que quer se tornar ou se manter competitiva no mercado. Afinal, ter uma equipe saudável, produtiva e satisfeita é um requisito básico para se obterem bons resultados, além de ser um compromisso de qualquer empresa que mantenha uma política consistente de Gestão de Pessoas.

Uma ferramenta vem ganhando cada vez mais espaço como aliada do gestor na promoção da qualidade de vida de sua equipe — a Gestão de Benefícios. Formular e implantar um pacote adequado de benefícios pode fazer uma diferença significativa na atração e retenção de talentos para a empresa. Além disso, o gerenciamento adequado das informações permite ao gestor formular ações de promoção à saúde sob medida para o perfil de seus colaboradores, diminuindo a incidência de doenças, faltas e licenças médicas.

Muitos gestores ainda desconhecem a relevância desse tema. Mas o fato é que um bom pacote de benefícios oferecido aos colaboradores e seus dependentes pode gerar efeitos positivos para a empresa em curto, médio e longo prazo. Complementar o salário com benefícios como seguro saúde, plano odontológico, seguro de vida e previdência privada, por exemplo, costuma influenciar a decisão do colaborador já durante o processo seletivo. Bem desenhados para atender ao perfil da empresa e da equipe, ajuda a manter a equipe satisfeita, funcionando como um aliado para a retenção dos profissionais, fundamental nesses tempos de alta rotatividade e briga pelos melhores cérebros.

Mas as vantagens da Gestão de Benefícios não param por aí. A elaboração de relatórios gerenciais e estatísticos pode fornecer ao gestor dados estratégicos e subsídios bastante relevantes para a implantação de ações específicas de promoção da saúde. Uma ação possível, por exemplo, é o mapeamento da incidência de fatores de risco modificáveis, como sedentarismo, fumo, obesidade, estresse e alimentação inadequada, que costumam ser a porta de entrada para o desenvolvimento de enfermidades. A ideia é passar a oferecer ao colaborador não apenas o tratamento da doença, abordagem mais comum, mas principalmente a prevenção e a promoção de sua saúde. A gestão permanente dos relatórios de sinistralidade também permite ao gestor identificar problemas específicos, atuando para minimizar sua incidência, além de possibilitar um maior controle dos colaboradores com doenças crônicas.

Na prática, os ganhos podem ser significativos. Além de uma equipe mais saudável, o controle decorrente de uma Gestão de Benefícios adequada pode resultar também em menor custo financeiro para a empresa. Em um case de sucesso recente, uma empresa com plano de saúde administrado por um operador de primeira linha, com 10.200 vidas, em dez estados brasileiros, apresentava alto índice de sinistralidade. O primeiro passo foi realizar uma análise minuciosa de todas as unidades, para detectar a causa. Em seguida, foi definida uma estratégia de atendimento dos casos crônicos, integrada a ações como palestras, fôlderes e mapeamento de risco nas unidades com maior número de casos. Esse conjunto articulado de ações levou ao declínio da sinistralidade, resultando em reajustes cada vez menores do plano de saúde, até um desconto final de 7,5% no total da fatura, o que representou para a empresa uma economia de R$ 1,2 milhão ao ano. Sem contar o ganho de ter colaboradores mais saudáveis e, consequentemente, mais produtivos.

 


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