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O Executivo Simplificador

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Publicado em Thu Jan 19 15:23:00 UTC 2017 -
Engana-se quem pensa que o mercado valoriza executivos que complicam as coisas, criam milhares de controles e se mostram indisponíveis para conversar com sua equipe.
 
Constato isto, frequentemente, quando alinho junto às empresas clientes: os perfis técnicos e comportamentais desejados por elas, em suas incessantes buscas para aumentar a competitividade.
 
Capacidade para entender e falar a linguagem da força de trabalho, ser capaz de reduzir controles desnecessários, identificar novas matérias primas e equipamentos mais fáceis de manusear e com baixa manutenção, identificar softwares de gestão com módulos simples e essenciais, pensar “fora da caixa”, trazendo novas ideias, ser capaz de identificar oportunidades e novos mercados. Estas são algumas características que as empresas esperam de seus gestores.
 
Vale a pena deixar bem claro que simplificar não é fazer o mais fácil, mas o mais simples e que atinja o objetivo esperado. Executivos bem sucedidos simplificam, tem foco no sucesso e mente de vencedor. 
O executivo simplificador tem a curiosidade para conhecer e avaliar as melhores práticas do mercado, fazendo as adaptações necessárias à realidade da empresa, incluindo, a limitação de recursos para implantação da melhoria.
 
Os estudiosos do comportamento das organizações são unanimes em afirmar que um período de crise gera grandes modificações na maneira de pensar e agir dos administradores. Tempo de pouco recurso exige um esforço muito grande para a redução dos desperdícios, otimização da mão de obra e constantes ações para a redução dos custos, por uma simples questão; garantir a sobrevivência das organizações.
 
Passada a turbulência da crise, e crises passam, posto que são cíclicas, as novas práticas e ferramentas utilizadas no tempo difícil, servem como base para a nova etapa que se inicia. Esta mudança fica muito clara em países, nos períodos pós-guerras, ou em regiões áridas pós-estiagem prolongada, os sobreviventes passam a dar um valor especial aos pequenos detalhes que eram desprezados no passado, faz parte do desenvolvimento dos povos ao longo da nossa história.
 
Gerir uma empresa não é tarefa fácil, muito menos simples, pois envolve o conhecimento e domínio de várias disciplinas como suprimentos, finanças, engenharia, administração, produção, contabilidade e recursos humanos. A pergunta é básica: Por que complicar, quando é muito mais lógico e sadio simplificar?
 
Muitos acreditam que alguns gestores complicam para dar a impressão que são os únicos que resolvem o problema, na complexidade criada por eles mesmos, ledo engano, pois na união para superar a crise, processos são reavaliados, níveis hierárquicos são reduzidos (para ganhar velocidade entre a decisão e a operacionalização), os prazos para lançamento de novos produtos e serviços ficam mais exíguos, pois o ciclo de vida dos produtos diminui, o consumidor quer mais opções e menores preços.
 
Como o profissional complicador não sabe trabalhar no cenário descrito acima, perde empregabilidade, dando lugar para aqueles com mentes mais abertas, inovadoras e atualizadas.
Seja um executivo simplificador, este perfil é muito requisitado na crise ou fora dela.    
 
Carlos Alberto Valença, 
 

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