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“Brasil sentirá menos o efeito da crise”, diz consultor

No lançamento da Agenda TGI 2009, o consultor Francisco Cunha destacou que o grande desafio do País e das empresas é desenvolver a gestão sustentável.
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Publicado em Sun Dec 14 17:59:00 UTC 2008 - Edição 532

          A crise que afeta o mundo — trazendo ameaça de recessão aos EUA, à Europa e ao Japão — terá impactos menores no Brasil e também não deve comprometer, mas apenas atrasar, o crescimento projetado para Pernambuco, com a chegada dos investimentos estruturadores, como a Refinaria e o Estaleiro. A avaliação foi feita pelo consultor Francisco Cunha, diretor da TGI, empresa integrante da Rede Gestão, durante o lançamento da Agenda TGI 2009, realizado no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco. “Esse é o momento para as empresas se ajustarem, adequando-se a um mercado mais real. E, também, para se prepararem para o crescimento sustentável: economicamente rentável, ambientalmente sustentado e socialmente justo”, ressaltou.
          No lançamento, que marcou os dez anos da Agenda TGI, Francisco Cunha falou para cerca de mil empresários, executivos e profissionais convidados sobre o tema “Gestão Sustentável num Mundo em Crise”, avaliando a conjuntura atual e traçando os cenários mais prováveis para 2009 no mundo, no Brasil e em Pernambuco.
          Para o consultor, apesar da gravidade da crise mundial, que deve durar entre 18 e 24 meses, exigindo um grande esforço da sociedade norte-americana para superá-la, o Brasil — graças à estabilidade econômica consolidada ao longo da última década — será um dos países que menos sofrerá em termos de crescimento. “A crise afetará o Brasil, mas o País nunca esteve em uma situação tão boa para enfrentar as turbulências externas”, assinalou.
          Essa “blindagem” deve-se a uma combinação de fatores que, além da economia estável, envolve ainda (1) a consolidação do Estado democrático, (2) a inclusão social registrada na última década, com políticas de redistribuição de renda e o crescimento da classe média, (3) o crescimento médio de 4,5% ao ano com criação recente de 5 milhões de empregos e (4) a ausência de conflitos étnicos, sociais ou religiosos relevantes no Brasil, ao contrário do que ocorre nos outros países que integram o Bric — uma conjuntura favorável reconhecida por todo o mercado. Pesquisa publicada na revista Fortune, com a opinião dos 69 dirigentes das maiores empresas do mundo, mostra que o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking da competitividade entre os países emergentes, figurando como o país mais promissor para receber novos investimentos. “Além disso, o País entrou definitivamente no contexto das decisões mundiais”, ressaltou Francisco.
          Mas, destaca, para aproveitar as oportunidades desse cenário menos pessimista, o Brasil e as empresas brasileiras precisam se preparar para enfrentar o desafio da sustentabilidade. “A oportunidade que surge para os empresários em meio à crise é fazer com mais atenção e um pouco mais de tempo o ‘dever de casa’: (1) desenvolver competências para aproveitar as oportunidades concretas em um ambiente muito mais competitivo e (2) preparar-se melhor para o crescimento sustentável: economicamente rentável, ambientalmente sustentado e socialmente justo”.


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