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Centros empresariais: parceria e articulação para potencializar negócios

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Publicado em Sun Oct 09 18:32:00 UTC 2005 - Edição 367
Os centros ou condomínios empresariais vêm conquistando cada vez mais espaço no mercado, pelas oportunidades e vantagens que oferecem a seus diversos públicos. A estrutura desse tipo de empreendimento permite aos empresários fazer parcerias e potencializar seus negócios, criando redes que tenham como eixo estruturador o compartilhamento dos mesmos valores e a complementaridade das competências, o que funciona como um diferencial frente à concorrência. Já os clientes ganham em conforto e comodidade, pois podem resolver suas demandas sem necessariamente precisar ir a grandes centros comerciais. É preciso cuidado, entretanto, para garantir a manutenção de uma boa convivência e relação entre os condôminos - fator essencial para o sucesso do negócio.

Um exemplo que ilustra bem esse conceito são os centros empresariais de serviços de saúde. Normalmente, um empreendedor constrói um condomínio profissional, alugando salas para outros, com especialidades complementares, que trabalham como autônomos dentro da mesma estrutura. Como não concorrem diretamente - e até se complementam -, a estrutura é vantajosa, pois os profissionais, não raro, podem dividir os mesmos clientes, aumentando conseqüentemente o seu mercado. Para o cliente também é vantajoso, já que ele pode resolver a sua necessidade num único local.

Mas, para que as vantagens efetivamente se transformem em ganhos para todos os envolvidos, a boa convivência é essencial. Bette Midler, atriz americana, comentou em determinada situação: "A parte mais complicada do sucesso coletivo é encontrar alguém que fique contente com ele". De fato, isso pode se tornar verdade, caso não se façam alguns acordos de compromisso e de convivência para a utilização de espaços comuns em um condomínio profissional. Assim, é preciso observar alguns pontos:

1) Para poder trabalhar de forma integrada, de partida, será necessário construir um padrão mínimo de funcionamento entre os condôminos, criando acordos para garantir uma boa sintonia na utilização das áreas coletivas.

2) Se o modelo integrado for avançando, no sentido até de compartilhar o mesmo mercado, pode-se, inclusive, definir padrões de funcionamento, de qualidade e de intervenção junto ao cliente, de modo a permitir uma mesma identidade na execução dos trabalhos e na própria imagem para o mercado.

3) Quanto ao condomínio, para garantir um bom modelo de gestão, poderão ser definidas responsabilidades relativas à operacionalização das atividades ligadas à estrutura condominial, se o compartilhamento da gestão condominial for (ou dever ser) feita de modo integrado. Essas responsabilidades podem ser referentes aos controles: administrativo, financeiro, de comunicação institucional, gestão de pessoal (do condomínio), investimentos na estrutura, entre outras.

4) E, como sugestão, para garantir o aperfeiçoamento do modelo de funcionamento integrado, além de trabalhar a gestão condominial, os condôminos também podem estabelecer reuniões para compartilhar e discutir o mercado, criando ações para fortalecimento institucional, além de poder discutir questões administrativas, como planejar eventuais compras de material em conjunto ou outras questões pertinentes ao negócio.

O trabalho conjunto pode gerar melhores resultados. Definindo um modelo que dê suporte à gestão e acompanhe sua execução no dia-a-dia, é necessário apenas ter disciplina para garantir a continuidade do processo. Como já disse Truman Capote, escritor norte-americano: "A disciplina é a parte mais importante do sucesso".

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