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Prêmio Destaca Empresas Socialmente Responsáveis

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Publicado em Sun Jun 05 19:16:00 UTC 2005 - Edição 349
A responsabilidade social está cada vez mais incorporada ao dia-a-dia das empresas, contribuindo para o aperfeiçoamento de sua competitividade e ajudando a mudar a realidade de comunidades, funcionários, mercado e meio ambiente. Uma evidência da importância crescente desse tema foi a entrega, na última semana, do Prêmio Cidadania S.A. – Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial em Pernambuco (http://jc.uol.com.br/cidadania/), uma parceria entre o Jornal do Commercio, a TGI Consultoria em Gestão, o Instituto da Gestão (INTG) e o Instituto Ação Empresarial pela Cidadania (AEC–PE), apoiada pelo Banco do Nordeste e pela Chesf. Vinte e seis empresas chegaram à final, dando uma demonstração de como as organizações estão conseguindo transformar o princípio da gestão socialmente responsável em projetos concretos e ações viáveis, beneficiando milhares de pessoas.

Dos 46 projetos inscritos, 26 chegaram à etapa final e quatro foram escolhidos vencedores: Grupo Gerdau (categoria Relação com a Comunidade, com o projeto Melhoria na Qualidade do Ensino Público), Hospital Santa Joana (categoria Respeito ao Meio Ambiente, com o projeto O Meio Ambiente em Boas Mãos), Phoenix do Brasil (categoria Público Interno, com Gestão Social do Trabalho em Equipe) e Central Pet – Frompet (categoria Relação com o Mercado, com o projeto Parcerias Empresariais para o Fortalecimento de Cooperativas).

"Hoje, no Brasil, não se pode mais falar em boa gestão empresarial sem incorporar a dimensão da cidadania e a prática da responsabilidade social", afirma o diretor da TGI, Francisco Cunha. Para ele, a prática da responsabilidade social traz inúmeros ganhos para a empresa. O primeiro é a certeza de estar contribuindo com a melhoria das condições sociais da comunidade onde atua, ou seja, exercitar a cidadania empresarial. Funciona também como crescente facilitador de negócios e efetiva ação de marketing social. "As empresas que não estiverem engajadas nesse esforço e não forem reconhecidas pelo elevado padrão ético de suas condutas econômicas e sociais terão sérias dificuldades de sobrevivência numa sociedade cada vez mais exigente", alerta Francisco.

Os dados mostram que a empresa socialmente responsável sai na frente na preferência do consumidor. Segundo pesquisa divulgada, no final de 2004, pelo Instituto Ethos, a maioria (76%) dos consumidores brasileiros acredita que pode interferir na atuação responsável das empresas expressando ter consciência de seu papel de agentes modificadores do mercado. Outro levantamento, realizado pelo Instituto Ethos em parceria com o jornal Valor, mostra que 31% dos consumidores brasileiros efetivamente já prestigiaram ou puniram uma empresa com base em sua conduta social. Entre consumidores identificados como "líderes de opinião", esse índice chega a 50% e, entre os entrevistados com maior nível de escolaridade, 40% revelaram o mesmo comportamento.

Para o diretor do INTG, Ricardo de Almeida, a responsabilidade social deve ser tratada como parte fundamental da estratégia de gestão das empresas. "Não se trata de filantropia ou assistencialismo, mas de uma ação que efetivamente gera lucro, riqueza, aumento do mercado e melhoria da qualidade de vida". Ele acredita que a responsabilidade social se consolida a cada dia como um princípio essencial para todas as empresas, independentemente de seu porte, segmento ou sua área de atuação. “Não há saída possível para os problemas brasileiros sem o efetivo engajamento das empresas e organizações. E, em pouco tempo, não haverá mais lugar no mercado para quem ignorar essa realidade”.

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