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O Gerente, Um Especialista

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Publicado em Sun Mar 05 13:09:00 UTC 2006 - Edição 387
O gerente é uma figura muito importante e estratégica nas organizações. Não somente aquele que carrega no seu cargo o nome “gerente”, mas todos os que têm, dentro das responsabilidades que lhes são atribuídas, uma função gerencial. Assim, superintendentes, diretores, coordenadores, supervisores, executivos em geral, todos podem ser considerados “gerentes”, por serem estratégicos para a organização e por desempenharem, na prática, essa função.

Independentemente da atividade técnica que gerenciam na organização, os gerentes têm algumas especialidades em comum. São essas especialidades que refletem o caráter estratégico de sua atuação. A TGI, no desempenho de sua atividade de consultoria em gestão, reconhece isso e trabalha com três tipos indispensáveis de especialidade gerencial.

Em primeiro lugar, o gerente deve ser um especialista em Gente, um líder. E nem sempre quem exerce a função gerencial é, na prática, um líder. Essa habilidade, assim como a capacidade de influenciar positivamente e usar bem a autoridade (não o autoritarismo), é uma relação construída junto à sua equipe e estabelecida com as pessoas. Diferentemente do poder, que está mais associado à posição hierárquica que o gerente ocupa na organização.

Muitas vezes, nos deparamos com situações em que o líder, de fato, de uma equipe é alguém do próprio grupo, não necessariamente o gerente. Mas, de todo modo, como especialista em gente, o gerente deve ter sempre a capacidade de conquistar essa liderança e de envolver as pessoas para a execução das tarefas, de buscar entendê-las e sempre reconhecê-las, “brindando” com a equipe as vitórias conquistadas.

O gerente também deve ser especialista em Resultados. Todos trabalham para produzir resultados positivos, caso contrário a organização não sobreviverá em um mercado cada vez mais competitivo. Dessa forma, ele deve gerenciar a equipe com o objetivo degarantir que as metas propostas sejam alcançadas.

Como especialista, o gerente deve ter a capacidade de se antecipar às demandas e às dificuldades, de mobilizar sua equipe para a execução dos trabalhos e de realizar o que deve ser feito para buscar melhores resultados. Para isso, acompanhar (monitorar) o desempenho da sua área, mês a mês, e tornar a equipe participante e co-responsável dos resultados é uma atitude essencial.

Por último, e não menos importante, o gerente deve ser especialista em Mudanças. A organização precisa evoluir e buscar ser sempre diferente para sobressair no mercado. E, para isso, a função gerencial é decisiva. O gerente precisa cuidar não só de suas próprias resistências, mas também conduzir com habilidade as de sua equipe. Para isso, deve ter a capacidade de formular alternativas de mudança, tendo como base o dinamismo do mercado e as necessidades prioritárias de sua organização. E, ainda, articular os meios necessários para realizar mudanças — condições para fazer acontecer a mobilização das pessoas — e buscar superar as resistências, de modo que a mudança, de fato, aconteça.

Philip Kotler, em Marketing para o Século XXI, diz: “Há dois tipos de empresas: aquelas que mudam e aquelas que desaparecem”. Parafraseando Kotler, podemos dizer que “há dois tipos de gerentes: aqueles que mudam (e fazem sua equipe mudar) e aqueles que desaparecem”.

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