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E Quando o Problema É o Capital de Giro?

Trata-se da liquidez da empresa e da sua capacidade de honrar seus compromissos financeiros
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Publicado em Sun Jul 27 15:30:00 UTC 2014 - Edição 825

O empreendedor enfrenta diversos desafios no dia a dia de seus negócios. O humor do mercado, a colocação do produto, a formação do preço e a gestão de recursos humanos são fatores importantes para o sucesso de qualquer negócio no cenário econômico atual. Já a gestão da informação, a questão da inovação, a responsabilidade socioambiental e os entraves governamentais são desafios contínuos.

De fato, todos são aspectos importantes para o alcance do sucesso empresarial e atraem cada vez mais especialistas e consultores envolvidos na busca de novos conhecimentos e soluções. Entretanto, o empresário tem que estar sempre atento a um ponto fundamental para a sobrevivência do seu negócio: a gestão do capital de giro.

A gestão do capital de giro é a própria liquidez de uma empresa, significa a capacidade de honrar seus compromissos, sendo a gestão dos recebíveis aquilo que pode garantir a permanência do negócio em si. A administração do capital de giro assume relevante importância, haja vista estar diretamente ligada ao ciclo operacional e ao giro dos negócios.

No Brasil, as empresas de pequeno e médio porte negligenciam a questão, aumentando os índices de mortalidade que alcançam os incríveis 50% de fechamento das mesmas em até 2 anos; e quase 60% não sobrevivem além dos 4 anos, segundo dados do Sebrae. O desafio é ainda maior em um ambiente econômico em que poucas instituições bancárias concentram quase que a totalidade dos recursos e suas políticas de crédito determinam quase que a totalidade dos empréstimos.

Focados em operações de financiamento ao consumo da pessoa física e ao segmento imobiliário, os bancos nem sempre dão ao crédito da pequena e média empresa a importância econômica que merecem e não atendem às necessidades específicas nem entendem as particularidades de seus negócios.

Quando surgem os problemas oriundos da desorganização financeira, sofrem os sócios, funcionários, fornecedores e clientes e o próprio Estado — com a extinção do mesmo. Parte importante da poupança dos indivíduos, do conhecimento produzido ao longo de gerações e da capacidade laboral das pessoas investidos nesses projetos é esquecida, e a criação de riqueza inerente à atividade empreendedora se perde.

Nesse ambiente inóspito, o fomento mercantil, ou factoring, é um importante canal de irrigação de liquidez e atende à boa parte das necessidades das empresas na resolução do problema da regularização do fluxo de caixa. Constituindo-se na prestação contínua de serviços, os mais variados e abrangentes, a factoring se apresenta conjugada com a aquisição de crédito das empresas, resultante de suas vendas mercantis ou de prestação de serviços realizada a prazo. O fomento mercantil, ou factoring, no Brasil, segundo dados da Associação Nacional de Fomento Mercantil (Anfac), possui mais de 6 mil empresas legalmente constituídas operando no Brasil. Em Pernambuco, o Sincaf congrega 38 das principais empresas do setor e atende a todo o Estado.

Guiadas por profissionais de larga experiência financeira e reconhecida capacidade operacional, as empresas de factoring dispõem de produtos e serviços ágeis, com operações legais de crédito que possibilitam às pequenas e médias empresas obterem alternativas viáveis de regularização do seu fluxo de caixa. São essas características que fazem da atividade de fomento mercantil uma importante alternativa para as empresas e a economia em geral.


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