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Os Shoppings Como Redes Sociais

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Publicado em Sun Aug 04 22:17:00 UTC 2013 - Edição 774
Muito se fala em mídias sociais, seus mecanismos, suas plataformas e seus dispositivos, que estão unindo as pessoas, estimulando o relacionamento em rede.  Mas, afinal, o que faz as pessoas se juntarem em torno de afinidades, estreitando ou criando laços? Na verdade, as redes sociais são apenas uma versão mais moderna, digital, de uma das mais antigas necessidades humanas: relacionar-se, interagir com outras pessoas e formar grupos em torno de vínculos comuns, fortalecendo sua própria identidade. Nas grandes cidades, cada vez mais os shopping centers estão se consolidando como uma grande rede social off-line, ocupando o lugar, que um dia já foi das praças, de principal espaço de convivência das pessoas, para onde convergem os mais diversos grupos sociais. Entender essa lógica e usar as ferramentas das redes sociais digitais para estreitar o relacionamento com o cliente é uma atitude essencial para os shoppings que querem criar um diferencial nesse mercado cada vez mais competitivo. 
 
Uma das grandes tendências apontadas pelos especialistas do setor é que os shoppings passarão a ser vistos menos como centros de compra e mais como pontos de encontros sociais. Ou seja, as pessoas irão ao shopping, cada vez mais, para encontrar as outras, ir ao cinema, ao boliche, conversar nas praças de alimentação ou frequentar um bom restaurante. Fazer compras, nesse cenário, será apenas mais uma atividade, e não o principal motivo da ida ao shopping. 
 
Não é à toa que o número de shopping centers vem crescendo significativamente não apenas nas áreas nobres das grandes cidades, mas também nos bairros periféricos e no interior. O mercado já percebeu esse movimento e está investindo em novos equipamentos com um mix mais atrativo, que atenda a esse novo perfil de convivência, entretenimento, lazer e consumo. Para atrair esse consumidor, é necessário antes de tudo criar uma identidade, que precisa começar com um bom nome, uma boa localização, um mix de lojas e marcas e serviços complementares que ofereçam um pacote de opções para que o consumidor possa resolver suas várias demandas e necessidades em um só lugar. 
 
Outro ponto essencial é a capacidade de se comunicar com seus clientes. O nome, a história, o relacionamento e a identificação com a marca tornam um shopping mais próximo de seu consumidor. E manter um canal aberto, amplo e íntimo com ele se torna fundamental. Quem não estiver preparado para criar e cultivar relacionamentos poderá perder uma excelente oportunidade de fidelizar seus consumidores. 
 
Entender seus clientes como elos de uma rede ou até como sinapses que formam novos elos é fundamental neste entendimento de rede social aplicada aos shoppings. O trabalho de comunicação deve fortalecer esse conceito de comunidade usando todo o leque de ferramentas digitais hoje disponíveis para criar empatia, estimular a identificação e transformar consumidores eventuais em clientes fiéis. É possível, por exemplo, definir uma estratégia com apoio das redes sociais para personalizar a comunicação com o cliente, oferecendo facilidades de acordo com diferentes perfis ou grupos de interesse. Ou ainda criar ações com objetivos bastante práticos, como aumentar o número de visitas ou ampliar o ticket médio. As possibilidades de interação são inúmeras para quem entender que o botão curtir é hoje a grande moeda na conquista do coração e da mente desse novo consumidor digital.

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