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Software Deixa de ser Vendido e se Torna um Serviço

Novo modelo vai permitir o acesso a softwares que antes eram quase proibitivos devido ao custo do investimento inicial e da manutenção.
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Publicado em Sun Jun 03 15:39:00 UTC 2007 - Edição 452

Recentemente, o principal executivo do Google, Eric Schmidt, anunciou o lançamento, até setembro deste ano, de um sistema on line similar ao Powerpoint. Com isso, o Google passará a oferecer um pacote de programas ao espelho do Office (Microsoft), pois atualmente já possui editor de textos (Docs) e de planilhas (Spreadsheets).
 Por trás desse lançamento, está um dos principais investimentos do Google após a consolidação do modelo de anúncios publicitários (Adwords) em sua ferramenta de busca. Mais do que uma briga com a Microsoft pelo mercado de aplicativos, essa estratégia simboliza uma grande mudança na comercialização de softwares, marcando o início da era do "software como serviço", chamado também de SaaS (software-as-a-service).
 Nesse modelo, as empresas deixam de comprar licenças e passam a ser “assinantes” dos softwares, que são acessados pela internet. Nas pequenas e médias empresas, por exemplo, o novo modelo vai permitir acesso a softwares que antes eram quase proibitivos devido ao custo inicial (licença e hardware) e de manutenção (versões e suporte), como no caso dos atuais softwares de gestão empresarial (ERP).
 Os principais benefícios da adoção do "software como serviço" são:

 1. Redução de Custo – Não é necessária a compra de hardware, uma vez que o software está na internet. Também é dispensada a aquisição de licença. Além disso, a contratação do serviço pode ser abatida no cálculo do imposto de renda sobre o lucro líquido, pois é contabilizada como despesa, enquanto a aquisição é considerada um ativo imobilizado.
 2. Agilidade – Como o software está pronto para o uso no servidor do fornecedor, o processo de implantação normalmente é mais rápido. Pelo mesmo motivo, o suporte técnico é facilitado, não sendo necessário, por exemplo, deslocamento de equipe técnica.
 3. Acessibilidade – Como o software está na internet, ele pode ser acessado pelos assinantes de qualquer lugar do mundo e a qualquer momento, permitindo mais integração entre unidades de uma mesma empresa.
 4. Flexibilidade – Diferentemente do licenciamento, a quantidade de assinantes de um “software como serviço” pode aumentar e diminuir de acordo com a necessidade do contratante. Isso permite flexibilidade e adequação do custo da empresa à sua realidade.
 5. Continuidade – No “software como serviço”, a evolução dos sistemas não precisa ser mais adquirida. A tendência é de que os novos recursos e as atualizações de versões sejam incorporados automatica e simultaneamente aos produtos.
 As vantagens e os benefícios do software on demand não indicam, entretanto, a migração imediata de todos os sistemas da empresa para o novo modelo. A mudança pode e deve ser feita gradualmente, conforme a necessidade e a adequação. Nesse momento, é importante procurar fornecedores que já ofereçam “softwares como serviço” e realizar uma análise do custo total de propriedade (TCO) e do retorno sobre o investimento (ROI).


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