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Nunca Use "O Mesmo"

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Publicado em Sun Aug 10 03:13:00 UTC 2003 - Edição 255
Se há um vício de linguagem absolutamente abominável é aquele de usar a terrível expressão “o mesmo” ou “a mesma” para designar de que/quem se está falando. Exemplo famoso, ligeiramente modificado, escrito na parede de um bar: “O rei da feijoada, o mesmo do pé-de-porco”. Nesse exemplo tenebroso, bastava colocar no lugar de “o mesmo” a simples conjunção “e”: “O rei da feijoada e do pé-de-porco”. Na cidade do Recife, uma lei municipal exige que em todos os lugares onde haja uma porta de elevador seja afixada, bem visível, a seguinte inscrição: “Aviso aos usuários: antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”. Nada contra a lei. Tudo contra a expressão, que bem poderia ser substituída, com enorme vantagem, por exemplo, apenas pelo pronome “ele”, em prol da saúde mental dos usuários que, na maioria das vezes, têm como única opção de leitura, no ambiente, o aviso com a poluidora expressão.

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